domingo, 26 de dezembro de 2010

Até 2011!

Mochila arrumada. Nos vemos em algum ponto do litoral brazuka. Abraço e feliz ano novo a todos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Yeah!

Viva o níver do cara que andava com vagabundos e prostitutas, dormia ao relento, perseguido pela polícia, tinha pés calejados, e transformava água em vinho pra festa não acabar! Feliz Natal! Saúde! Amem, amem, amem! Amém!

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

The end in Chinatown

A senhora chinesa da pastelaria lá de baixo, do alto de sua milenar sabedoria oriental, resolveu se aposentar. Foi embora pra Nova Iorque, viver entre os seus. Acho que nunca mais vou vê-la. Por que as pessoas vão embora da vida da gente assim? Agora, olhando a loja toda demolida, em reformas, descobri que a amava profundamente. Dor no peito. Desolado.

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sábado, 27 de novembro de 2010

Aeroporto (Fellini)

Na entrada não se podia ver nem mesmo um espirro
Eles foram, eles foram
Uma foto deles algemados no aeroporto
Eles foram, eles foram
Não se viaja sempre solo per lavoro

No círio um garoto nos sapatos de um homem
Eles foram, eles foram
Um outro deles já estava morto
Não se viaja sempre solo per lavoro

Pelo tamanho dos cinzeiros, foi só um pequeno avião
Eles foram, eles foram
Uma foto deles algemados no aeroporto
Não se viaja sempre solo per lavoro

(Amor Louco - 1989)

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sábado, 20 de novembro de 2010

Gruvox na TV Educativa

Foto: Marcelo Stammer


Amanhã, domingo, dia 21/11 às 19h30 na TV Paraná Educativa, especial com Gruvox, no programa Encantos.

O sinal da TVE é transmistido pelos seguintes meios:
- Canal aberto para todo o Paraná (Em Curitiba, canal 9)
- SKY canal 115
...- Via satélite da Patagônia ao Canadá pela parabólica 1320Mhz polarização horizontal
- Por streaming através da internet no site http://www.rtve.pr.gov.br/

Assistam!

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Semana da Consciência Negra

Miles Davis.
Foto: divulgação


Muitos povos ao longo da história conquistaram vários e imensos territórios, impondo sua cultura e costumes. Levaram séculos para isso, derramando muito sangue, oprimindo e escravizando os demais. O povo negro uma vez liberto, em menos de cem anos saiu da condição de escravo e, sem derramar uma única gota de sangue, impôs sua cultura e seus costumes. Eles não conquistaram imensos territórios. Apenas com MÚSICA, eles conquistaram o MUNDO INTEIRO.

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sábado, 6 de novembro de 2010

Aprendizado

O amor não vem com o desejo,
é uma graça,
um merecimento,
...uma oferta

Uma alvorada há muito esperada
que de repente se abre sobre a casa

Pode que se vá logo em seguida
ou que não mais volte
ou ao voltar
a vida é que tenha partido em despedida

Procurá-lo é vão
como apalpar uma manhã:

Os deuses naturais não cabem
nem nascem em nossas mãos

Adriano Smaniotto





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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Amanhã tem virada cultural, então vai uma crônica antiga pra instigar a galera a ir pra rua

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O dia em que a rua tomou os palácios

Repórter, bastante nervoso, feito refém, dá as notícias. As rádios, tevês e jornais estão sob o controle do caos:

"Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais urgente! O Oil Man tomou a Prefeitura em uma bicicletada de sábado! Repito: a Prefeitura está com o Oil Man! Aviso aos estudantes: passe livre é toda sexta lá no terreiro do Pai Maneco. Vão de bike que é melhor.

O transporte coletivo caiu nas mãos da Maria Louca (não é quem vocês estão pensando, é aquela dos strip teases em terminais e coletivos da cidade). Nem toda nudez será castigada. Central, ela não está para brincadeiras! Não tentem nenhum truque!

Vêm do Afonso Pena relatos de que o Pretinho-Imitador-de-Boeings infiltrou-se no Aeroporto. Ninguém entra. Ninguém sai. Ele emite sons estranhos da torre. Câmbio!

Rumores rezam que a Mulher de Plástico juntou-se aos catadores de papel e está neste momento em reunião na Vila Capanema decidindo o que fazer com todo lixo da cidade, incluso o meio campo do Paraná Clube. Reciclar é preciso. Câmbio!

Batista de Pillar está com todos os poetas da cidade no Largo da Ordem. Eles são perigosos! Com eles estão ainda os zumbis do Pshyco Carnival que descem do Cemitério Municipal.

Efigênia e Hélio Leites lideram passeata do botão rumo à Pedreira Paulo Leminski, seguidos por todo o bloco Garibaldis e Sacis. É o caos, senhores! Repito: não tentem nenhum truque!

O Polaco da Barreirinha aliou-se à Anã Eslava. Distribuem sonetos e gritam impropérios em língua estranha. Tradução: ‘Casei com um polaco depois do quinto uísque, e até hoje não sei pronunciar meu sobrenome!’ (versão do Maxixe Machine).

Inri Cristo invade a Catedral! Só sai de lá se o Papa vier ao seu encontro. Quem quiser que vá se queixar ao Bispo. As beatas vibram mais que malaco em festa de São Francisco.

A velhinha do Borboleta 13 pousa no Jardim Botânico. Traz consigo o bilhete premiado e o jacaré do Barigui. Ademir Plá fechou os pedágios com canções de protesto. A cidade está cercada! A Ópera de Arame terá seu arame eletrificado. Repito: eletrificado! Todos planejam uma nova Agenda Arte. Repito: uma nova Agenda Arte!

Nero está na linha. Liga em desespero do Rio. Quer participar da festa, botar fogo em tudo. Alô, Nero! Ninguém entra! Libertado. Próximo!

Mazzinha, Ministro das Forças Desarmadas (segundo o Solda) e irmão do Mazzão Vozeirão-Sobrancelha, invade o Museu do Olho com o grupo 10enhistas. Porções de buchinho à milanesa do bar do Edmundo dão sabor ao novíssimo vernissage.

É erguida uma estátua da Gilda defronte o Palácio. Os poetas já beberam demais. Repito: a cidade está cercada! A nova ordem está instalada. Ninguém entra. Ninguém sai. Câmbio final!"

O Vampiro assiste a tudo de sua janela, no Alto da XV. É Atletiba, deve ser. Um sorriso lhe vem. Fecha a cortina, desliga o rádio e volta a um mini-conto genial de tão bestinha.

Folha de Londrina (29/03/2009)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ensaio em São Paulo. Carnaval/2010. Foto: Renato Larini

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Leiam o que o Thadeu escreveu e saibam porque voto 13!

É MUITO FÁCIL FAZER AS CONTAS E DECIDIR PELO MELHOR. MAS É PRECISO CONHECER A VERDADE, PORQUE ELA NOS LIBERTARÁ.GOVERNO LULA - PT (7,8 ANOS)GOVERNO PSDB - PSDB/PFL (8 ANOS)...1) Número de policiais federais:Governo Lula: 13 milGoverno PSDB/PFL: 5 mil2) Operações da PF contra a corrupção, sonegação de impostos, crime organizado e lavagem de dinheiro.Governo Lula: 358Governo PSDB/PFL: 203) Prisões efetuadas pelos motivos acima:Governo Lula: 3.971Governo PSDB/PFL: 544) Criação de empregos :Governo Lula: 36 milhões (14,6 milhões com carteira assinada)Governo PSDB/PFL: 700 mil5) Média anual de empregos gerados :Governo Lula: 2,14 milhãoGoverno PSDB/PFL: 87,5 mil6) Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas:Governo Lula: 6,3%Governo PSDB/PFL: 11,7%7) Desemprego em SP, maior cidade do país:Governo Lula: 12,9%Governo PSDB/PFL: 19,0%8) Exportações (em dólares):Governo Lula: 258,3 bilhõesGoverno PSDB/PFL: 60,4 bilhões9) Balança comercial (em dólares):Governo Lula: 265,3 bilhões (positivos)Governo PSDB/PFL: - 8,4 bilhões (negativos)10) Transações correntes (em dólares):Governo Lula: 110,1 bilhões (positivos)Governo PSDB/PFL: - 186,2 bilhões (negativos)11) Risco-país:Governo Lula: 204Governo PSDB/PFL: 2.400* No governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história.12) Inflação:Governo Lula: 3,8% (média)Governo PSDB/PFL: 12,53%13) Dívida com o FMI (em dólares):Governo Lula: dívida paga – Hoje o FMI nos deve 18 bilhõesGoverno PSDB/PFL: 14,7 bilhões (todo ano emprestávamos uma média de 10 bilhões que desapareciam inexplicavelmente)14) Dívida com o Clube de Paris (em dólares):Governo Lula: dívida pagaGoverno PSDB/PFL: 5 bilhões15) Dívida externa:Governo Lula: 2,41%Governo PSDB/PFL:12,45%16) Empréstimo para habitação (em reais):Governo Lula: 9,5 bilhõesGoverno PSDB/PFL: 1,7 bilhões17) Crescimento industrial:Governo Lula: 8,77%PSDB/PFL: 1,94%18) Produção de bens duráveis:Governo Lula: 14,8%Governo PSDB/PFL: 2,4%19) Aumento na produção de veículos:Governo Lula: 5,4%Governo PSDB/PFL: 1,8%20) Crédito para a agricultura familiar:Governo Lula: 11,3%Governo PSDB/PFL: 2,4%21) Valor do salário mínimo em dólares:Governo Lula: Quase 300 Governo PSDB/PFL: 5522) Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica:Governo Lula: 3,7 cestas básicasGoverno PSDB/PFL: 1,3 cesta básica23) Aumento do custo da cesta básica:Governo Lula: 15,6%Governo PSDB/PFL: 81,6%24) Transferência de renda (em reais):Governo Lula: 12,1 bilhõesGoverno PSDB/PFL: 2,3 bilhões25) Média por família:Governo Lula: 87 reaisGoverno PSDB/PFL: 25 reais26) Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico):Governo Lula: 35,7%Governo PSDB/PFL: 17,5%* 15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista.27) Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes):Governo Lula: 18,6Governo PSDB/PFL: 55,728) Pró-jovem - estudo subsidiadoGoverno Lula: 183 mil (18 a 24 anos)Governo PSDB/PFL: não havia programa, nem registro.29) Bolsa FamíliaGoverno Lula: 24,1 milhões de famíliasGoverno PSDB/PFL: o programa era o Bolsa Escola com atendimento restrito a um pequeno número de pessoas.30) Incremento no acesso a água no semi-árido nordestinoGoverno Lula: 1.762 mil pessoas e 152 mil cisternasGoverno PSDB/PFL: zero, não havia programa.31) Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor)Governo Lula: 8,3 milhões de brasileirosGoverno PSDB/PFL: zero, não havia programa.32) Áreas ambientais preservadasGoverno Lula: incremento de 25,6 milhões de hectaresDo ano do Descobrimento do Brasil até 2002: 40 milhões de hectares33) Apoio à agricultura familiarGoverno Lula: mais de 40 bilhõesGoverno PSDB/PFL: Maior repasse 2,5 bilhões 34) Compra de terras para Reforma AgráriaGoverno Lula: 3,7 bilhões (2003 a 2005)Governo PSDB/PFL: 1,1 bilhão (1999 a 2002)35) Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas:Governo Lula: 35,99 bilhõesGoverno PSDB/PFL: 8,3 bilhões36) Investimento anual em saúde básica:Governo Lula: 2,5 bilhõesGoverno PSDB/PFL: 155 milhões37) Equipes do Programa Saúde da Família:Governo Lula: 27.401Governo PSDB/PFL: 16.69838) Índice BOVESPAGoverno Lula: 35,2 mil pontosGoverno PSDB/PFL: 11,2 mil pontos39) Dívida externa:Governo Lula: (260 BILHÕES EM RESERVAS)Governo PSDB/PFL: 210 bilhões NEGATIVOS40) Desemprego no país:Governo Lula: 8,3%Governo PSDB/PFL: 12,2%41) Eletrificação RuralGoverno Lula: 8 milhões de pessoasGoverno PSDB/PFL: 2,7 mil pessoas42) Livros gratuitos para o Ensino MédioGoverno Lula: 17 milhõesGoverno PSDB/PFL: zero43) Geração de Energia ElétricaGoverno Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de potência. Está previsto para os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na capacidade de geração do País, proveniente os 65 empreendimentos atualmente em construção e mais 516 outorgadas.?Governo PSDB/PFL em final de governo: apagão44) Construção de Universidades FederaisGoverno Lula: 27 universidades + 58 novos campiGoverno PSDB/PFL: 6 universidades federais em 8 anosE PARA TERMINAR NO Nº 45:45) Falcatruas e roubalheiras dentro das instituições do governo federal, estatais, e empresas do governo:Governo Lula: o povo conhece, a imprensa divulga, a polícia federal age e prende, a Controladoria Geral da União (CGU) investiga e denuncia livremente, o Congresso investiga e denuncia, CPIs são instaladas e corruptos são cassados; a justiça julga, o dinheiro roubado aparece e "companheiros" são expulsos, presos, demitidos, cassados ou punidos.Governo PSDB/PFL: o governo escondia, a imprensa fazia "vista grossa"; a polícia federal não conseguia agir; o Congresso Nacional "levava o dele", calava e não investigava; as CPIs eram sufocadas e arquivadas; o dinheiro roubado ia sorrateiramente para o bolso dos "pais da pátria" de sempre ou era desviado para salvar empresas falidas (de amigos); o dinheiro bom do Tesouro Nacional era enfiado em estatais já saqueadas e sucateadas e que, após saneadas com dinheiro do contribuinte eram "entregues" aos "companheiros" da iniciativa privada que "têm mais competência para administrar"; o obscuro processo de venda de estatais dilapidou R$ 150 bilhões do Patrimônio Nacional.Por essas e muitas outras, sou DILMA DE CORPO E ALMA.Antonio Thadeu WojciechowskiVer mais

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Segundo turno

A culpa é única e exclusiva do PT. No meio do caminho, eles deram moleza pras falcatruas em nome de fazer a máquina funcionar, se unindo com alguns velhos demônios da nossa política (coisa que o PSDB já tinha feito igual e pior), perderam uma jóia rara feito a Marina por pura vaidade política, tudo com apoio da militância.

Taí, Marina fez a diferença, e agora vai ser difícil barrar as forças de direita que estão loucas pra pegar o país e entregá-lo ao capital novamente. Isso sem falar da bazófia fascista que não gosta de ver pobre trabalhando e ganhando bem, e pegando o mesmo avião que eles. Eu avisei a galera. Agora aguentem.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Nei Lisboa


Hoje vou no show de um dos meus artistas favoritos de todos os tempos e lugares. Como é bom quando uma coisa rara dessas acontece. Quem gosta de arte sabe o quanto isso é importante na vida da gente. Taí um cara que fez a minha cabeça e encheu meu coração de vigor, ao longo de 25 anos ou mais. Guairinha, 21 horas. Dá-lhe, Nei. Prazer enorme, guri.
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sim

Eu sei que é tudo uma merda. Mas eu faço.

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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solidão cheia de gente
e sempre vem um idiotinha
com aquela conversinha:
"bola pra frente"

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sábado, 28 de agosto de 2010

Do blogue do Rubens


Marcelo Serafim (o Serafa) e Rubens K. Vestibular da Fap em mil novecentos e Derci Gonçalves. Essa foto me emocionou muito, mesmo. Amigos, porra. Amigos...
Fonte: Rubens K
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Distâncias

isso de todo dia
um poema
ainda vai
me levar ao romance

vale a palavra
quanto pesa a pena
o que vale são os dois
olhos no lance

um qualquer instante
um jeito de olhar
um peso bastante
difícil de carregar

isso de todo dia
uma prosa
ainda vai me levar
a reinventar a roda
toda fragrância é cor,
concomitante rosa

todo flagrante,
um grito parado no ar
de você e eu distantes
:
disto,
não sei falar

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Nome Próprio

Quando você tira a roupa
Algo se revela
Você tem uma tatuagem
De cicatriz

Quando você tira a roupa
Algo se revela
Você deixa a personagem
E vira atriz

(Porcas Borboletas)

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Hoje no Wonka!


Estaremos lá de novo, em mais uma Terça Experimental. Desta feita, Verônica Rodrigues vai ler textos de amor de Bukowski e outros malditos. A Vida Santos infelizmente teve um falecimento na família e não vai poder estar com a gente. Toda força pra ela. Começa e acaba cedo. 21h. Tocamos lá pelas 23h e termina antes da meia-noite. Cincão. Apareçam!
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Da série "amigos que escrevem bem"

O ESCRITOR DISCRETO

Mário Bortolotto

Eu tava lá, no camarim. Na verdade, não tava no camarim, simplesmente porque não suporto camarim. Eu tava na sala contígua ao camarim, deitado num sofá enquanto esperava o momento que eu teria que entrar no camarim e trocar de roupa pra fazer a peça. Só entro no camarim pra isso e saio de lá o mais rápido possível. Antes queria dizer aqui o quanto admiro pessoas discretas. Quando era moleque, gostava de sentar na última carteira na sala de aula. Não gostava de conversar com ninguém e não gostava que me notassem. Ainda hoje sou assim. Fico um pouco envergonhado de mim mesmo nas noites em que completamente bêbado, costumo falar pelos cotovelos, me fazendo notar e esbanjando erudição pop (a única erudição que consigo esbanjar). Nessas noites fico impertinente, exagerado, um puta mala mesmo. E no dia seguinte fico com vergonha de mim. Gosto mesmo é de pessoas discretas que não se fazem notar e talvez por isso mesmo me chamam muito mais a atenção. E ele entrou lá. Eu tava deitado, no sofá. O escritor. Eu sabia quem ele era. Nós não fomos apresentados, felizmente, já que eu não me sentiria à vontade com isso. Então fui agraciado com a oportunidade de permanecer anônimo e me foi dado o direito de ficar apenas observando. Sossegado, cool, de um jeito admirável. Ele se sentou lá, e os malas apareceram, é claro. E pediram autógrafos, e pediram pra que ele tirasse fotos com eles. Malditos celulares. Hoje em dia, todo mala tem um celular com uma câmera e ele sempre quer tirar uma foto com você. E ele nem faz a menor idéia de quem você é exatamente. Mas ele acha que você deve ser importante e aí fudeu. E ele pacientemente autografou os livros e tirou fotos e balançou a cabeça e sorriu pacientemente como um monge. E a sua esposa támbém foi extremamente gentil com todos. E eu fiquei lá, deitado, só observando e de alguma maneira, tentando permanecer solidário. Aí o segundo sinal tocou e eu tive que ir lá fazer a peça. E durante o tempo em que fiquei ouvindo Blues no meu MP3 antes de entrar em cena, fiquei pensando no escritor discreto, no sujeito paciente que não parece ser afeito a nenhum tipo de badalação, mas ao mesmo tempo é gentil e procura ser agradável com as pessoas que requerem sua atenção. Percebi naquele momento que ainda há pessoas como ele por aí. Caras que apenas querem fazer o seu trabalho e sabem que à reboque vem uma porrada de chatice que ele terá que aguentar. Eu me senti um pouco mais forte, de alguma maneira, amigo de um sujeito que jamais será verdadeiramente meu amigo. Mas entrei lá pra fazer a peça, me sentindo menos sozinho. E consegui compreender uma porrada de coisas só de olhar pro escritor. Lá, sentado no sofá, acompanhado de sua esposa, tão compreensiva quanto ele, mas um pouco mais à vontade (pelo menos me pareceu) com o assédio e com toda a incoveniência. Passei o resto da noite pensando no escritor, no seu comportamento, no seu jeito cool, que há muito eu já admirava e que agora só reafirmou a impressão. Voltei pro hotel, com um pouco mais de paz, graças à ele. Gostei de ficar deitado no sofá, olhando, admirando e aprendendo com Luís Fernando Verissímo. Discreto como ele é, não deve nem ter a noção do quanto às vezes ele é importante para algumas almas desesperadas como a minha.

Mário Bortolotto é escritor, ator e diretor de teatro. Toca numa banda de blues e rock. É meu brother da "galera de Londrina". Mora em São Paulo e escreve neste blog: http://atirenodramaturgo.zip.net/

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Hoje tem Cacorro Louco

Diversos poetas amigos homenageando Leminski. No Wonka. Caiam lá.

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Marceleza entrevista o Tremendão

Meu grande brother e excelente escritor Marcelo Montenegro fez uma entrevista maravilhosa com Erasmo Carlos, para a revista Vida Simples. Na entrevista, Erasmo se revela um grande brother também. Maravilha. Clique aqui e leia. É demais. Parabéns, Marceleza!

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Gruvox no Hangar (08/07/10)


Fotos: Ivanovick
(as fotos do Mali, só quando ele voltar da turnê com a orquestra no norte do Paraná)

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Futebol arte, pódio de chegada e beijo de namorada

Semana muito louca essa que passou. Me dei conta que faz vinte anos que Cazuza morreu. Daí, super coincidência, Ezequiel Neves, um dos seus grandes parceiros também resolveu nos deixar na mesma data. Ironias. Não teve como eu deixar de dedicar nosso show de quinta pra eles. Coisa louca lá no Hangar. Equipamento de primeira. O show foi muito bom, dos melhores dos últimos tempos.

E finalizando a maior festa do futebol, deu Espanha. Achei bacana apesar de torcer para a Holanda, sempre. Foi tudo muito legal, desde a semifinal quando Puyol teve que sair de toalha no vestiário pra cumprimentar a rainha Sofia, até o belo futebol apresentado pela Fúria, e ainda o beijo de Casillas na namorada repórter. São coisas como essa que fazem a gente gostar disso tudo ainda. Curti também a Alemanha e achei legal o Furlan ser eleito o melhor da copa. Ele levou o time nas costas, mesmo. Maravilha.

O Brasil... bem. Simples: o Brasil perdeu. Jesus não ganha jogo não, meu chapa. Pelo contrário, acho que é preciso um certo demônio no corpo pra fazer valer a coisa. E concentração é bom, mas se ganhasse jogo o time da penitenciária (onde tem um certo goleiro jogando agora) era campeão do mundo.

Voltou a correria. Das coisas que fiquei de fazer, 90% foram feitas. Agora inicia nova fase, mais uma vez. Ainda estão rolando os dados. Lá vamos nós.

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O retrato de Dorian e os steampunks do Jardim Social. Isso é incrível

Vezes que sou Dorian Gray, vezes seu retrato. Fato que o tempo passa. Um sorriso me sai quando sou o retrato, que envelhece enquanto o homem permanece intocável.

Sábado fui assistir à Cia. Do Abração, lá no Jardim Social, em um barracão que dá vontade de tirar férias e ficar lá dentro, semanas inteiras, lendo e pesquisando.

Grupo de processo, essas coisas. Ai que medo. Texto coletivo, ai meu deus. Coisas que temo. Infantil, ai meu deus de novo. Coisa séria. Fiquei pensando que: será que eles fazem aqueles exercícios do tipo “agora sou uma árvore”? Já participei de tudo isso nos tempos de Lua Nova, do mestre Laerte Ortega. O teatro para a vida, alguns. A vida para o teatro, outros. Fato que ninguém sai o mesmo depois de um processo.

Comigo tudo se deu em um momento difícil da vida, como se ter 18 anos já não fosse por si só uma coisa de dar medo. As cobranças, atitude, postura política, descobertas estéticas, morais, sexuais. No processo que passei, tendo como pano de fundo um espetáculo simplesmente genial em que uma noite de circo fazia vir abaixo toda uma lona, em metáfora que faz referência às estruturas que temos todos, por nos sustentar. Todo circo é sustentado por apenas uma pilastra. Ela vindo abaixo, tudo cai. “O mundo é um ovo. Quem quiser nascer, tem que destruir um mundo” (Hermann Hesse). Naquele espetáculo, Padu, carrasco e dono do circo, vê-se ante um motim, em que todos os artistas em que pisava e humilhava se revoltam, numa noite de espetáculo, destruindo tudo. A lição que fica é que cada um sai dali montando seu próprio circo, adiante. Outra coisa curiosa é que tudo isso aconteceu também dentro do grupo, imitando a história que encenávamos. Arte que imita a vida, e vice versa. Segui meu caminho e estou aqui olhando para meu próprio retrato que envelhece, feito um Dorian Gray.

Enfim, já fiz processo, sei como é. O único problema que tenho com este tipo de grupo é que via de regra o “produto” final, o resultado do processo, ou seja, o espetáculo, é uma grande merda.

Não para minha surpresa, dado que sou muito chegado de algumas pessoas ligadas ao Abração, o espetáculo de sábado foi maravilhoso.

Sobrevoar, a peça, texto de criação coletiva (ai meu deus), trata da vida de Alberto Santos Dumont, personagem pelo qual sempre tive grande fascínio. O ponto de vista é o sonho. O alvo, a criança. Inventor, o jovem Alberto “do mundo” sonhava desde novo realizar o velho sonho (quantas vezes terei de escrever esta palavra?) do homem voar. O espetáculo, para quem não conhece a vida do pai da aviação, serve de fato apenas às crianças. O que não restringe, ao contrário, diverte. A montagem é fascinante, com música primorosa, cenário inteligente e atuações de arrepiar.

Já para quem como eu conhece a vida e a história de Santos Dumont, o fascínio se duplica, algo que me levou às lágrimas. A bela passagem em que escreve a carta para a mãe. As decepções com os seguidos fracassos de suas tentativas. O chapeu como elemento de troca muito dinâmico (o chapeu foi também um acidente, lembrando), entre outros “truques” de montagem que são muito bacanas. Me tocou muito especialmente a magnífica metáfora com o personagem da lagarta. Algo como o gato de Alice.

Pra mim, a lagarta soa como o próprio Brasil. Gigante, imaturo, mas que tem por destino o inevitável, tornar-se borboleta e alçar voo. Ninguém segura este país. Nada pode parar o inevitável. Além, ainda vejo na lagarta a figura da princesa Isabel, exilada em França, num belo palácio, em cujos jardins Dumont caiu com um de seus inventos. Lá foi prontamente atendido, trocou sua gravata vermelha pra não ofender à princesa com sua preferência republicana (os homens daquela época tratavam as mulheres bem, isso é incrível). Assim fez nascer grande amizade e recebeu uma medalhinha de são Bento como presente e amuleto de proteção.

A peça tem uma estética steampunk em seu vestuário, o que torna tudo muito mais divertido e afeito ao período retratado. Aqueles homens incríveis e suas máquinas maravilhosas. Tente imaginar o período. A belle epoque, a era vitoriana, o fin de siécle, chamem como quiser. Aquele bando de loucos, homens que inventaram o mundo em que vivemos hoje. Trens, lâmpadas, carros, navios a vapor, relógios de pulso e, por que não, uma máquina de voar. Nada será como antes. Incrível.

O enredo dá como destino final o espaço sideral (salvo engano, Dumont morreu no mesmo dia em que décadas depois o homem pisaria a lua), deixando no ar (no ar!) a ideia de que nada é impossível. Tudo que hoje é real um dia já foi sonho. Deixa pra lá. A esta altura meu retrato de Dorian já escorria em lágrimas.

Saímos um pouco depois, com a moça do elenco a quem tenho apreço imensurável, e o amigo/irmão que me acompanhava, e ainda uns amigos dela. Agradável é pouco para descrever o momento e as conversas divertidas. Em tempo: a moça está pronta. Ela sabe.

Na mesma noite, ainda, fui a uma festa me despedir de uma amiga querida que pegaria um, vejam só, veículo mais pesado que o ar, rumo ao outro lado do Atlântico, dias depois. Isso é mesmo incrível.

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma merda

Vocês que esperam grandes textos deste blogue a cada jogo, esqueçam. Primeiro que não vai ter.
Segundo que: eu já sabia. Foi uma merda. Ou seja: seremos campeões. (agora riam)

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Good bye, Mr. Hopper

Dennis Lee Hopper
Dodge City, 17 de maio de 1936, Venice, 29 de maio de 2010. Foto sem crédito.

Fonte: Solda

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alô, amigos do Rio de Janeiro!

A Moira Albuquerque avisa, e eu super recomendo, a Cia. do Abração, no Teatro da Caixa - Rio:

"O Trenzinho do Caipira"
Projeto Villa Lobos para crianças de todas as idades.

Teatro Nelson Rodrigues
Av. Republica do Chile, 230
22,23 e 29 de maio as 15h
30 de maio as 11h e 15h

Contato: Caixa Cultural (21) 2262-8152 / 2544-4080.

Quebra tudo lá, preta querida.

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

João Acuio avisa

Tá rolando umas traduções direto do latin de uns aforismos acerca de astrologia, por Ptolomeu. A tradução é do amigo poeta e professor Mário Domingues. Curtam lá no Saturnália, em abordagem super original como sempre:
http://saturnalia.com.br/produtos/centiloquium-de-ptolomeu/

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Videoclipe Gruvox já está no Youtube



Demasiadamente Humano - Gruvox
Video gravado no inverno de 2008 - Londres (Deptford - New Cross) Fordham Park, Deptford High St, Douglas way, Deptford Strand.

Direção e edição Renato Larini

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Sem poesia, vamos lá

Que faltou poesia, é fato. Mas não podemos dizer que faltou coerência ao homem que ocupa o cargo de mais importância do país, depois do presidente.

A ausência de Paulo Henrique Ganso é crime de lesa-futebol, como disse o Juca Kfouri. Mas eu diria que foi o tempo que selou sua ausência. Não deu tempo. Eu mesmo, andei olhando a lista de maiores discos da música de todos o tempos. Há quase tantos álbuns dos Byrds quanto dos Beatles. Nunca ouvi um disco inteiro dos Byrds. Ignorância? Sim, mas não burrice. Acho que não tive tempo. Dunga não teve tempo de convocar Paulo Henrique. O balé do Ganso surgiu a nossos olhos em uma fase nula para a seleção, longe das convocações para torneios a serem disputados. E Dunga, dentro da sua coerência, afirma: se não jogou com ele, não vai, e pronto.

Quando me refiro à ausência de poesia, quero dizer: não há craques entre os 23 convocados. Nenhum. Há grandes jogadores, mas nenhum deles está naquela fase de fazer brilhar nossos olhos, através do brilho dos seus próprios. Robinho e Nilmar, vá lá. Kaká não é craque. É apenas um grande jogador.

Isso não quer dizer que vamos perder por isso. Poderíamos perder ou ganhar com todos os craques que queríamos ver jogando. Não quer dizer a rigor, nada. Quer dizer apenas que não vamos ter o imprevisível, a magia. Neste mundaréu de cabeças-de-área o que nos resta é o previsível.

Eu já gostei muito mais da seleção. Sou do tempo em que quando o Brasil perdia a gente ficava triste. Hoje, graças ao mar de previsibilidades já costumeiras, a gente toda fica com raiva e procurando culpados.

De qualquer maneira, continuo achando que a seleção brasileira ainda é o melhor jeito de se fazer 200 milhões de pessoas absolutamente felizes e enlouquecidas. Mais alguns bilhões de seres pelo mundo encantados. Cores e originalidade, carnaval e muita música. Festa. Daqui a um mês, este país mais bacana do mundo vai estar neste clima novamente. Pobres e ricos, nosso maior problema, serão todos um só, por um mês. Um mês sem pensar em porcaria nenhuma. Essas coisas da vida, da existência, do trabalho, do dinheiro. Que nada. Todos os problemas da humanidade estarão dentro das quatro linhas e nos mais diversos copos dessa nossa cerveja vagabunda, entre goles, abraços e beijos. Delícia.

Agora vamos torcer para que a ausência do Ganso não decrete nosso canto do cisne, e que uma eventual entrada do Grafite, que veio na ponta do lápis, renda grandes bolas nas canetas dos adversários. Vai ser difícil. Mas para os outros será muito mais.

Sem poesia, eu disse. Pode ser exagero da minha parte. Sem dúvida com menos, bem menos poesia que gostaríamos. Este cronista é mesmo muito chato. Simples assim. Vamos torcer. Divirtam-se.

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Marco cada vez mais gênio


Folha de Londrina (06/05/2010)
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sábado, 1 de maio de 2010

Rubens K escreveu sobre o clipe

Gruvox – Tudo que se pode a zero grau
sábado, 1 maio, 2010

Assisti ao clipe dos caras (Gruvox), feito pelo Renatão (Renato Larini). É, acordei “cedo”, depois de um show du caralho ontem, com uma puta ressaca, meio puto, mas acordei pra assistir – porra, é o mínimo que posso fazer. O que me chamou a atenção é como uma ideia simples pode ser bacana, quando bem aproveitada e desenvolvida. Flávio fica dando um rolê, num carrinho de supermercado, com o Renato filmando e empurrando a parada, tendo como fundo a cidade. Isso, o clipe, foi em Londres (ela mesma, a maldição dos pinheirais), embaixo duma chuvinha amiga e bem conhecida de Gotham. Eu, que vi o programa desde o começo, gostei. Vi ali, no programa, um monte de carinhas e boquinhas da moda, com uns cabelinhos e “atitudes” e letras de dar dó. Cara, como é ruim esse mundo novo. Assustador. Gostei também da Cherry (ela mesma, do Okoto), sempre sincera ao som que ela sempre fez e faz muito bem. Não lembro do nome da banda dela, mas mas deve ser alguma coisa japa. De resto tudo que vi foi de dar pena - uns regueiros malas pra caralho, uns mano pagando de americano, umas minas muito enganadas no som que fazem, umas bandas pop medonhas de ruins, e tudo isso com um timbre desgraçado de horrível – porra Tomás (Tomás Magno, produtor, com link aqui do lado), tu vai fazer um estrago quando os manés se tocarem o que é timbre bom, véio. Uma quase sessão tortura, e logo cedo… Enfim, um show de horrores, se não fossem os “velhinhos” do Gruvox e Cherry salvarem a manhã. Parabéns ao Flávio, Albertão, ao “guitar hero” Walmor Goes e ao Rodrigo Genaro (é o Roogs na batera, né não?). Parabéns ao Coelio & Tupan, com seu estúdio “Discos Voadores”. Parabéns ao Renato Larini e seu bom gosto e bom senso. Me diverti pra caralho vendo a parada. Pra quem quiser conferir, a MTV avisa:

O clipe da banda Gruvox estreia dia dia 01/05 (sábado), no Lab BR.
Confira durante esta semana no site: http://mtv.uol.com.br/estreias
MTV Lab Br
Sábado às 11h00, Domingo às 10h30 e 02h30


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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sábado na MTV. Deu na Gazeta


Gruvox estreia na MTV com clipe gravado em Londres

Mais um grupo paranaense estreia videoclipe neste sábado dia 1º de maio, na MTV. A banda Gruvox, formada pelos veteranos da cena curitibana Walmor Goes (guitarra), Flávio Jacobsen (vocal e guitarra), Carlos Alberto Lins (baixo) e Rodrigo Genaro (bateria), apresenta o vídeo da canção “Demasiadamente Humano”, dirigido pelo também paranaense Renato Larini.

A produção foi realizada durante a passagem de Flávio Jacobsen pelo Reino Unido, no final de 2008, e é parte dos trabalhos que o grupo vem realizando sobre seu mais recente álbum, “Tudo que se Pode a Zero Grau” (Discos Voadores Studios, 2009), o terceiro de sua trajetória, iniciada em 2003.

O diretor paranaense Renato Larini finalizou o vídeo recentemente em São Paulo, e prepara mais um trabalho sobre outra canção da banda, igualmente gravado em Londres, a ser finalizado em breve. Larini vem se destacando como um dos grandes talentos da animação e do audiovisual brasileiro atual. Confira parte do seu trabalho em http://www.antifonia.com.br/.

O clipe vai ao ar neste sábado, no programa MTV Lab BR, que começa às 11h, com reprise domingo às 10h30 e 2h30.

Mais informações pelo site http://mtv.uol.com.br/estreias.
O som do Gruvox você confere no www.tramavirtual.com.br/gruvox.


Gazeta do Povo (Sobretudo) - 28/04/2010.


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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Super-Goleiro

Roberto Vieira

Hoje é o dia do goleiro.
Em homenagem ao aniversário de Ailton Corrêa de Araújo, o Manga.
Fenômeno revelado pelo Sport Club do Recife.
E eternizado por botafoguenses, uruguaios e colorados.
Além de mais uma dezena de clubes.
Manga era um grande goleiro.
Mas estava longe de ser o goleiro ideal.
- Nunca ninguém chegou nem perto.
Porque goleiro ideal deveria ser enigmático como Iashin.
Boa pinta como Ado e Raul Plassman.
Escrever que nem escreve o Valdir Appel.
Possuir a fidelidade de um Marcos ou Rogério Ceni.
Quem sabe erguer pontes como Pompéia?
Bater faltas como Chilavert?
Goleiro ideal só depois de erguer um Copa do Mundo como Zoff.
Matar alguém tal qual Schumacher.
Viver mil anos como Carrizo.
Goleiro ideal não falharia que nem Barbosa.
- Se é que aquilo foi falha.
Nem morreria como Lara.
Sob o petardo do irmão goleador.
Goleiro ideal jogaria de mãos nuas feito Félix.
Salvaria cabeçadas mortais, Banks.
Pênaltis e catimbas, Valdir Peres.
Sobriedade absoluta, Gilmar dos Santos Neves.
Em resumo.
No mundo que teve Planicka, Zamora e Sepp Maier.
O goleiro ideal seria uma espécie de Deus.
Inexpugnável.
Invencível.
Um Super-Goleiro.
Pena que a bola.
Amiga de infância dos artilheiros e do destino.
Seja feita de couro.
Vida.
E kryptonita…

Jornal do Commercio (26/04/2010)

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Deu no Uol. Boa notícia

Quadrinista Robert Crumb confirma presença na Flip
da Reportagem Local

O autor Robert Crumb, conhecido por ser um dos expoentes do movimento underground dos quadrinhos americanos, confirmou sua presença na 8ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre entre 4 e 8 de agosto.

Leia mais aqui.

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Rá rá rá

Marco Jacobsen - Folha de Londrina (19/04/2010)

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dia 19 de abril

Um Índio

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena

E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

(Caetano Veloso)

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Essa Voz está sendo ouvida em Marte!

Ivo Rodrigues (1949-2010)

Essa Voz está sendo ouvida em Marte
Essa Voz esta sendo ouvida em Marte
Essa voz está sendo ouvida em Marte

E em alguma parte além da morte
Dessa vez deu sorte, eu talvez nem volte
É uma pena !
É uma pena que um rapaz tão moço e tão profundo
Não fique para o almoço, não fique para o jejum

Esse rapaz não vai dar um kilo certo,... de jeito nenhum
Esse rapaz não vai dar lá muito certo...
Não não não não não
Essa voz está sendo ouvida em Marte !

(Leminski-Ivo)

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Personagens

o pânico que paira sobre a página branca
é meu
e tão somente

o pão que padece de calor quase desanda
é meu

ainda o homem por trás desta opaca cortina
e este que escreve
quase qual não me pertence

outro que ausente
faz tanto barulho e só a mim silente desatina

e ainda a musa que a tantos apetece
é minha, e a um toque
só de mim desaparece

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Feliz pelo amigo Fábio

Chegou o disco solo do galã Fábio Elias. Sucesso, brother!

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Paranoid

Eles adoravam satanás. Iam tocar. Death metal extremo. Voltavam de uma turnê pelo leste europeu. Eu a trabalho, tinha que entrevistá-los. Ela veio me buscar e rodeava por ali. Equipe de filmagem, pouca gente ainda, passagem de som e luz.

Umas moças de preto tatuadas até o pescoço dependuravam um banner enorme na porta de entrada do local. Uma estrela de cinco pontas. E aquela logomarca ilegível afeita a bandas do gênero.

- Ei, tá de ponta cabeça! – ela, querendo ajudar.

- É assim mesmo! – respondeu uma das metaleiras, ar de pouco caso.

- É?

- É! – e saíram, deixando a moça olhando a feição do cramulhão desenhado ao fundo da estrela inversa.

Ela não entendeu. Também não fez ar de cruz-credo. Estranhou. Acho que foi ali, naquele momento, enquanto me ria da ingenuidade dela, que aconteceu. Algo saltou no meu peito. Uns olhos azuis de anjo que nunca me pareceram tão angelicais. Dizer que aquilo foi uma das coisas mais bonitas que já vi na vida pode soar estranho. Mas foi. A moça bonita-além-da-conta tentando ajudar os satanistas. Foi sim.

A entrevista foi boa. Anticristos, nada demais. Gente que não gosta da sociedade cristã e ouve música alta. Muito alta. Só isso. Barulheira dos infernos, eu não quis ficar. Fomos embora, deixando os filhotes de Rosemary pra trás.

Algumas perguntas sobre o assunto, já no carro. Respondia atencioso, enquanto apreciava o asfalto molhado de chuva por detrás do limpador de parabrisa. O barulhinho flapt-flupt que faziam se confundia com as batidas do meu coração.

Tarde demais. Neste exato instante, eu já estava completamente apaixonado.

Flapt-flupt, flapt-flupt...

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quarta-feira, 24 de março de 2010

Sweet home

Finalmente, meu violão e minha guitarra em casa. Todos os meus discos em casa. Os livros, os quadros, as roupas, os papeis e anotações. Até as coisas que faltam entregar pra ex-namorada estão em casa. Meus filmes velhos, pôsteres de rock, gibis, badulaques, tudo em casa, finalmente. A única coisa que falta lá em casa sou eu.

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segunda-feira, 22 de março de 2010

Quer um pouco de luz?

Evento do querido amigo Luiz Nobre (o Carioca), e sua turma, a moçada da iluminação de espetáculos por aí. Grandes bate-papos lá no Teatro da Caixa. Sempre de manhã. Apareçam.

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domingo, 21 de março de 2010

Marcelo Mirisola

16: O que pensa sobre a classe média alta que discute filosofia nas academias de ideias?

Alguma coisa está muito errada quando madame, em vez de gastar suas tardes num shopping comprando sapatos, perde seu tempo ouvindo um viadinho falando de Schopenhauer na Casa do Saber. Eu acredito, inclusive, que essa é a explicação para a onda de terremotos, tsunamis e enchentes que temos sofrido nos últimos dias. A natureza tem de reagir de alguma maneira, você não acha?

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Entrevista completa aqui.

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quarta-feira, 17 de março de 2010

O que vou ver do Festival de Curitiba

A 45 pilas o ingresso fica difícil acompanhar qualquer coisa da Mostra Contemporânea. Mas vou assistir Música para Ninar Dinossauros, do Marião Bortolotto. Sempre instigante e interessante, além de ser um grande brother.

No mais, vou curtir as coisas Da Vigor Mortis que não vi. Nervo Craniano Zero, especialmente. Sou fã dessa moçada desde o Graphic, e mais recente do Manson Superstar, que adorei, pelo tema. O Andrew levou o Gralha Azul pelo trabalho e fiquei contente por ele, que interpreta um personagem no qual sempre fui vidrado. Já assisti, mas vou levar uma amiga gente boa que quer ver e sacar o tema melhor também. Recomendo.

A peça/experimento Cinema, do Felipe Hirsch, também vale. O trabalho do cara sempre me interessou. Recomendo de antemão.

Enfim,. Tem muita coisa. Algo como 400 espetáculos. Se eu trombar com algo legal por aí eu recomendo aqui.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Geraldão, inesquecível


Vai com deus, Glauco!
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Hoje o mundo amanheceu mais xarope

Foto: Uol

Tá ficando foda isso tudo. Hoje acordei cedinho com a CBN dando a notícia da morte do Glauco. Não ouvi direito, tava meio com sono ainda. Fui saber logo depois que a causa foi mais uma vez violência. Tiros, assalto. Porra, tá ficando difícil pisar este chão a cada dia que passa. Parece que o cerco tá apertando. Sufocante.

Morre enfim mais um cara que mudou a minha vida. Sempre amei os cartunistas. Acho que são os artistas que mais admiro. Meu irmão é um dos bons. Porra, nunca vou esquecer de quando eu fui morar sozinho a primeira vez quando tinha uns 18 anos e entrei numa república lá atrás do Cemitério Municipal, na vaga deixada pelo Tiago Recchia, também cartunista que estava indo tentar a vida na Folha de São Paulo. Lá em Sampa ele ficou amigo do Glauco e de tantos outros. O Tiago conta de como o Glauco sacaneava ele na redação, enchendo o saco de tudo que é jeito, mas sendo no fundo super gente boa com ele e outros novatos. Nunca vou esquecer da famigerada palestra dos Três Amigos (Glauco, Angeli e Laerte) no teatro da Reitoria, em 1989. Lotadaço o lugar e os caras arrasaram falando pra estudantada toda num ano de eleição importantíssima e eles com aquele cinismo e bom humor. E estes mesmos Los Três Amigos que depois inspiraram o Tiago a parodiá-los, com seus impecáveis Los Três Inimigos. Genial.

Nunca vou esquecer de quando meu irmão voltou de uma mostra no Solar do Barão com um desenho/autógrafo do Glauco, em uma seda, um desenho do Geraldão com uma charola na boca escrito no balãozinho: “uma seda para o Marco. Do amigo, Glauco”.

Nunca vou esquecer de como este cara, junto a tantos outros mudou minha vida para sempre, e deixou ela muito mais divertida. Todos os dias, praticamente, eu que leio jornais desde criança. Lembrando da frase que o Marcelo lembrou lá no blogue dele, “como diria o Adão, o mundo hoje amanheceu mais xarope”.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Queria ter um irmão assim!

Marco Jacobsen - Folha de Londrina (11/03/2010)

segunda-feira, 8 de março de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Humor pela internet

Três empreiteiros foram chamados para uma licitação da Olimpíada Rio 2016: um japonês, um americano e um brasileiro.
- Faço por US$ 3 milhões - disse o japonês.
- Um pela mão-de-obra, um pelo material e um para meu lucro.
- Faço por US$ 6 milhões - propôs o americano.
- Dois pela mão-de-obra, dois pelo material e dois para mim, mas garanto serviço de primeira!
- Faço por US$ 9 milhões - disse o brasileiro.
- Nove milhões ?,espantou-se o licitador. Por quê?
- Três para mim, três para você e três pro japonês fazer a obra.
- Negocio fechado!

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Combinado. A tevê fechada, internet e telefonia em um mesmo pacote. Ou seja, "combinado", para tudo dominado

O cidadão que pretende assistir jogos em pay-per-view não conta com mais de um fornecedor do mesmo serviço. Mesmo em tevê aberta, não se pode assistir em mais de um ou dois canais os jogos de um determinado campeonato.

Ao solicitar um serviço de telefonia fixa, não há mais de três ou quatro opções. Com a internet é diferente, mas quando precisamos de banda larga acoplada à telefonia vendem-se serviços que oferecem logo três ao mesmo tempo: telefonia, internet banda larga e tevê a cabo.

Se o cliente não está satisfeito com o serviço, simplesmente não há outra empresa que ofereça o mesmo “combinado”.

A empresa que oferece este serviço é a Net, que surgiu no mercado como Globosat, braço em tevê a cabo das Organizações Globo. Em parceria com a antiga estatal Embratel, passou a oferecer telefonia e internet, juntos. É o chamado Net Combo.

Como tudo isso influencia na produção comunicacional é possível entender por diversos exemplos. Mas vamos focar em um, por se tratar de fenômeno bastante recente: a produção caseira de textos, assessoria de imprensa, blogues de comunicação e profissionais que trabalham em casa, prestando serviços relativos à mídia de uma maneira geral.

Um cidadão que mantenha um blogue na internet, por exemplo, que trate de esportes, precisa acompanhar os mais diversos eventos, para “retransmitir” em seu veículo, o blogue. Bem, como o cidadão pode acompanhar o campeonato de beisebol (vou citar um esporte estúpido, apenas) que é transmitido pelo canal Y, se o pacote que o contempla não pertence ao mesmo oligopólio que transmite o referido evento? E não há o canal X, portanto.

O sujeito pode acompanhar o campeonato pela internet, mas sem os detalhes que necessita para que produza um relatório de qualidade, pois estaria copiando o que lê a respeito, sem ver o evento por inteiro para relatar seus detalhes. A “cópia”, por sinal, é a matriz operacional da internet. Uma imensa rede de reprodução de informação, dos mp3 às notícias.

Combinado. Eis um exemplo de como o oligopólio midiático pode influenciar na produção comunicacional hoje em dia. O combinado não sai caro, é o que reza o ditado popular dos negócios. Neste caso, o preço é injusto. E muito alto.

Isso para não falar de toda telefonia de celular e afins. Agora vem a tevê digital, com um único canal a disposição com tal tecnologia (falo do estado do Paraná). Ou seja, caminhamos a carros de boi, com os carros na frente, muitas vezes.

Com o perdão do tom, uma verdadeira merda.

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Segunda-feiril de dar dó

Hoje dei de pensar na época que eu não sabia pra onde ir sem ela. Imagina o senhor que a vista aqui da janela do hotel não é tão ruim. Aquele trânsito estranho. Imensa rua que faz ver chuva no fim. Vai que as moças da floricultura do outro lado que passam toda hora não são coisa ruim de se ver. Estabanadas de dar graça. O vento faz vir o odor das margaridas.

Interfone. Pizza.

O fim há de ser bem-me-quer.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Domingo no Pacaembu

Eu tava me refazendo da festa/baile que rolou na casa do Renato e da Néli em Pinheiros sábado de tarde quando entro no Facebook e vejo uma mensagem da Ana, da editora em Sampa. “Vamos ver o Robinho no Pacaembu?”. Liguei imediatamente e em uma hora estávamos estacionando nos arredores do magnífico estádio.

A fila monumental para ingresso nos levou a um simpático cambista, que pela bagatela de cinquenta pilas cada, nos abreviou ao tobogã. A arquibancada é malfadada, foi construída pelo Malluf prefeito e pôs abaixo a concha acústica onde Villa Lobos regeu o imenso coral em idos anos. Mau gosto à parte que “enfeia” a arquitetura art decó enfim, é fato que de lá se vê tudo de trás do gol à direita das cadeiras e cabines de tevê. E é uma visão muito privilegiada, como se toda turba santista emergisse de frente, em linda festa de torcida única.

Durante o primeiro tempo, vendedores de iguarias passavam a toda hora. Decidi pegar um sorvete no intervalo. Nada, tudo acabado, da água aos picolés. Voltei, achei a Ana onde estávamos e me conformei, sem Kibon que me desse alívio do calor danado que fazia. Olho para o lado, no espaço quase vazio onde ficaram poucos torcedores do Rio Claro, e noto o Guti, parceiro de Baixada em Curitiba. Vou até a beira do tobogã e grito pra ele. Ele responde. Ele tá com a Thais e pede pra eu ligar no fone dela. Eu tava sem meu celular funcionando em Sampa, mas a Ana tava ali, cheia de créditos, perfeito. Marcamos um encontro depois, e vai o segundo tempo, com o Santos em desvantagem.

Virada sensacional com direito a gol de Giovani no último minuto e está tudo certo. Maravilha. De lá a algumas cervejas na Consolação, nos despedimos do Guti e da Thais e fomos jantar na Vila Madalena. Depois, visita à casa do Rubens K e Melissa na Aclimação. Um tesão de apartamento, Rubão. Feliz por vocês. Madrugada adentro, a Ana vai embora durmo por lá mesmo, e assim foi.

Hoje, descubro que Marcelo Montenegro tava no tobogã também, com a Kátia e o filho. Puxa, preciso aprender a pagar deslocamento de celular quando for a São Paulo e combinar melhor as coisas. Sampa é grande demais e é preciso se programar pra conseguir fazer tudo que a gente quer e encontrar todas as pessoas que sentimos falta.

Mas foi demais. Tava com saudades da torcida do Santos. Tamos aí de volta. Foi muito bom, Ana. Agora vê se vem nos ver aqui. Maravilha de Carnaval.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Recordar é viver

Flávio Jacobsen & Gruvox
(2003, foto de divulgação do primeiro disco, Incaractere).
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Flávio Jacobsen, o Bardo - vocal
Jahir Eleutério, o Velho - guitarra e voz
Bhorel Enrique, o Santinho - bateria e percussões
Marcelo França, o Lique - baixo
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O show foi dia 5 de julho de 2003, no antigo Cine Música Bar, com abertura das bandas Criaturas e Oaeoz, além de uma performance poética com Edilson Del Grossi, o Carcamano, e discotecagem de Renato Larini, o Picilone. Foto de Everson Bressan, o Verve.
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Com este trabalho, recebi indicação para o prêmio Saul Trumpet de Música, na categoria "melhor intérprete". Como éramos lindos! (risos e gargalhadas).
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Garibaldis & Sacis, ontem

Foto: Bárbara Kirchner

O simpático bloco de carnaval formado pela classe artística local tomou proporções inimagináveis para quem o viu em seu começo, há 12 anos passados. Coisa de 5 mil pessoas no Largo da Ordem, num vai e vem que contabiliza uma circulação de 10 mil mais ou menos. É o curitibano caindo na folia. Eu mesmo me diverti pra caraio (sic). Né mesmo, cumadre "Barbra"?
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Vem aí a exposição do Solda

Foto para a posteridade: a belíssima Elisa, o mestre e eu, em reunião para bolarmos a expo do Solda que vai rolar no Café Parangolé. Muito, muito agradável a acolhida em sua casa no Bacacheri. Maravilha. O clique é da queridíssima Vera Solda.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Samba novo

brinquedinho novo já rendeu uma perolazinha

a vida é cem por cento
tira o dízimo, o imposto
o terço que se reza a deus
um por um,
lembro do teu rosto

nosso amor é dez
noves fora que você me deu
ficou um
e este um sou eu
que desgosto
comigo eu não aguento
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Do Mestre


Jamil Snege pra mim sempre foi um mestre. Eu não sou o único com a mesma opinião. Estive com ele umas poucas vezes, mas já era admirador de seus textos mesmo antes de conhecê-lo. Além de tudo, era um homem extremamente simples e muito gente boa. Esta crônica, bem a calhar, já é um clássico. Curtam:

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Como tornar-se Invisível em Curitiba
Jamil Snege

Você pode começar treinando numa dessas manhãs de muita neblina, à margem de um lago ou num bairro bem afastado do centro da cidade. Pode optar por uma rua deserta, no começo da noite ou numa véspera de feriado. Pode vestir um uniforme camuflado ou levar o seu “personal trainer” a tiracolo, pouco importa. Esteja você com a síndrome do pânico ou com o coração amargurado, existe um método muito mais eficiente para tornar-se invisível em Curitiba do que essas desambulações (sic) pelos ermos da cidade. Embora não esteja ao alcance de todos, convém conhecê-lo, já que é absolutamente infalível e seus resultados surpreendentes. Primeira condição: você precisa ter talento genuíno. Estudar bastante também ajuda, mas não substitui aquele toque de gênio inconfundível que marca e distingue certas pessoas desde o berço. Pois bem. De posse desse talento que Deus lhe deu – e contra a falta de estímulo da família, do meio e particularmente da própria cidade – você deve se atirar de corpo e alma na consecução de seu destino. Guiado unicamente pelo seu daimon, pelo seu anjo tutelar, você dará início à construção de sua lenda pessoal e dos projetos que dela advirão. Você estará, finalmente, a caminho de tornar-se invisível. Cada conquista, cada livro publicado, cada poema, escultura ou canção, cada tela, espetáculo, disco, filme ou fotografia, cada intervenção bem sucedida no esporte, no direito ou na medicina, cada vez que alguém, lá fora, reconhecer com isenção de ânimo que você está produzindo obra ou feito significativo – o seu grau de invisibilidade aumenta em Curitiba.

E é muito fácil perceber isso. Primeiro, não faltarão pessoas tentando dissuadi-lo de seu próprio talento. Tudo farão para reconduzi-lo de volta à mediania, ou melhor, à mediocracia, que é o sistema vigente nesse estrato a que denominamos cultura. Se você resistir, tentarão cooptá-lo com promessas de nomeações ou ofertas de emprego em atividades sucedâneas. Se você é um belo projeto de escritor, alguém tentará convencê-lo de que é melhor, mais lucrativo, ser um redator de propaganda. Se você é jovem e promissor cirurgião plástico, com projetos de especialização no exterior, não faltará quem o convide para sócio de uma dessas empresinhas de medicina privada lá onde o diabo perdeu as botas. Se mesmo assim você se mantiver fiel ao seu daimon, à sua lenda pessoal e não arredar pé de seu destino, a invisibilidade torna-se então um processo irreversível. Os amigos mais chegados são os primeiros a acusar falhas em seus sistemas de radar quando o objeto a ser captado é você ou algo que lhe diz respeito. Os convites tornam-se mais escassos, o telefone já não toca como antigamente; e mencionar seu nome ou seus feitos, nas reuniões para as quais você não foi convidado, passará (sic) a ser tomado como um gesto de imperdoável traição ao grupo. Desse momento em diante, só os inimigos falarão de você. Falarão mal, obviamente. E o mais curioso: à maioria desses “inimigos”, a noventa por cento deles, você jamais falou, jamais sequer foi apresentado. Os amigos a gente escolhe, os inimigos escolhem-se a si próprios. Esta talvez seja a parte mais cruel (ou mais irônica) da história. A sua visibilidade, enquanto pessoa, transfere-se para a imagem que os outros fazem de você. Pois é ela, a sua imagem, que circula e passa a freqüentar os lugares para os quais você já não é solicitado. Não é mais você em pessoa – carne, sistema nervoso, personalidade, alma –, que se oferece à percepção do outro, mas uma espécie de correlato simbólico impregnado de tudo o que os outros lhe atribuem. Para encurtar: vale a pena manter-se fiel ao seu daimon e cumprir com resignação cada etapa de sua lenda pessoal? Acho que sim. Curitiba está cheia de pessoas invisíveis.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Summer trip

Na espera de voltar logo pra casa, é incrível como as madrugadas passam demoradas. E aquele amor antigo se perdeu pelos bares da Augusta atrás de não-sei-o-quê, e ela não chega nunca. E nestas noites de verão a cerveja tem uma hora que não desce mais.

Na espera de sair logo de casa, é incrível como as madrugadas passam rápido. E eu tentando fugir daquele amor novíssimo pelos bares da Augusta atrás de não-sei-o-quê, e ela nunca vai embora. E nestas noites de verão a cerveja tem uma hora que é a única saída possível.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Relembrando

Direção: Bia Dantas

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Rio dia desses

Faceiro, sob a vista do morro de Santa Teresa, novembro/2009.
Foto de Silvia Yared.