sexta-feira, 26 de março de 2010

Feliz pelo amigo Fábio

Chegou o disco solo do galã Fábio Elias. Sucesso, brother!

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Paranoid

Eles adoravam satanás. Iam tocar. Death metal extremo. Voltavam de uma turnê pelo leste europeu. Eu a trabalho, tinha que entrevistá-los. Ela veio me buscar e rodeava por ali. Equipe de filmagem, pouca gente ainda, passagem de som e luz.

Umas moças de preto tatuadas até o pescoço dependuravam um banner enorme na porta de entrada do local. Uma estrela de cinco pontas. E aquela logomarca ilegível afeita a bandas do gênero.

- Ei, tá de ponta cabeça! – ela, querendo ajudar.

- É assim mesmo! – respondeu uma das metaleiras, ar de pouco caso.

- É?

- É! – e saíram, deixando a moça olhando a feição do cramulhão desenhado ao fundo da estrela inversa.

Ela não entendeu. Também não fez ar de cruz-credo. Estranhou. Acho que foi ali, naquele momento, enquanto me ria da ingenuidade dela, que aconteceu. Algo saltou no meu peito. Uns olhos azuis de anjo que nunca me pareceram tão angelicais. Dizer que aquilo foi uma das coisas mais bonitas que já vi na vida pode soar estranho. Mas foi. A moça bonita-além-da-conta tentando ajudar os satanistas. Foi sim.

A entrevista foi boa. Anticristos, nada demais. Gente que não gosta da sociedade cristã e ouve música alta. Muito alta. Só isso. Barulheira dos infernos, eu não quis ficar. Fomos embora, deixando os filhotes de Rosemary pra trás.

Algumas perguntas sobre o assunto, já no carro. Respondia atencioso, enquanto apreciava o asfalto molhado de chuva por detrás do limpador de parabrisa. O barulhinho flapt-flupt que faziam se confundia com as batidas do meu coração.

Tarde demais. Neste exato instante, eu já estava completamente apaixonado.

Flapt-flupt, flapt-flupt...

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quarta-feira, 24 de março de 2010

Sweet home

Finalmente, meu violão e minha guitarra em casa. Todos os meus discos em casa. Os livros, os quadros, as roupas, os papeis e anotações. Até as coisas que faltam entregar pra ex-namorada estão em casa. Meus filmes velhos, pôsteres de rock, gibis, badulaques, tudo em casa, finalmente. A única coisa que falta lá em casa sou eu.

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segunda-feira, 22 de março de 2010

Quer um pouco de luz?

Evento do querido amigo Luiz Nobre (o Carioca), e sua turma, a moçada da iluminação de espetáculos por aí. Grandes bate-papos lá no Teatro da Caixa. Sempre de manhã. Apareçam.

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domingo, 21 de março de 2010

Marcelo Mirisola

16: O que pensa sobre a classe média alta que discute filosofia nas academias de ideias?

Alguma coisa está muito errada quando madame, em vez de gastar suas tardes num shopping comprando sapatos, perde seu tempo ouvindo um viadinho falando de Schopenhauer na Casa do Saber. Eu acredito, inclusive, que essa é a explicação para a onda de terremotos, tsunamis e enchentes que temos sofrido nos últimos dias. A natureza tem de reagir de alguma maneira, você não acha?

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Entrevista completa aqui.

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quarta-feira, 17 de março de 2010

O que vou ver do Festival de Curitiba

A 45 pilas o ingresso fica difícil acompanhar qualquer coisa da Mostra Contemporânea. Mas vou assistir Música para Ninar Dinossauros, do Marião Bortolotto. Sempre instigante e interessante, além de ser um grande brother.

No mais, vou curtir as coisas Da Vigor Mortis que não vi. Nervo Craniano Zero, especialmente. Sou fã dessa moçada desde o Graphic, e mais recente do Manson Superstar, que adorei, pelo tema. O Andrew levou o Gralha Azul pelo trabalho e fiquei contente por ele, que interpreta um personagem no qual sempre fui vidrado. Já assisti, mas vou levar uma amiga gente boa que quer ver e sacar o tema melhor também. Recomendo.

A peça/experimento Cinema, do Felipe Hirsch, também vale. O trabalho do cara sempre me interessou. Recomendo de antemão.

Enfim,. Tem muita coisa. Algo como 400 espetáculos. Se eu trombar com algo legal por aí eu recomendo aqui.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Geraldão, inesquecível


Vai com deus, Glauco!
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Hoje o mundo amanheceu mais xarope

Foto: Uol

Tá ficando foda isso tudo. Hoje acordei cedinho com a CBN dando a notícia da morte do Glauco. Não ouvi direito, tava meio com sono ainda. Fui saber logo depois que a causa foi mais uma vez violência. Tiros, assalto. Porra, tá ficando difícil pisar este chão a cada dia que passa. Parece que o cerco tá apertando. Sufocante.

Morre enfim mais um cara que mudou a minha vida. Sempre amei os cartunistas. Acho que são os artistas que mais admiro. Meu irmão é um dos bons. Porra, nunca vou esquecer de quando eu fui morar sozinho a primeira vez quando tinha uns 18 anos e entrei numa república lá atrás do Cemitério Municipal, na vaga deixada pelo Tiago Recchia, também cartunista que estava indo tentar a vida na Folha de São Paulo. Lá em Sampa ele ficou amigo do Glauco e de tantos outros. O Tiago conta de como o Glauco sacaneava ele na redação, enchendo o saco de tudo que é jeito, mas sendo no fundo super gente boa com ele e outros novatos. Nunca vou esquecer da famigerada palestra dos Três Amigos (Glauco, Angeli e Laerte) no teatro da Reitoria, em 1989. Lotadaço o lugar e os caras arrasaram falando pra estudantada toda num ano de eleição importantíssima e eles com aquele cinismo e bom humor. E estes mesmos Los Três Amigos que depois inspiraram o Tiago a parodiá-los, com seus impecáveis Los Três Inimigos. Genial.

Nunca vou esquecer de quando meu irmão voltou de uma mostra no Solar do Barão com um desenho/autógrafo do Glauco, em uma seda, um desenho do Geraldão com uma charola na boca escrito no balãozinho: “uma seda para o Marco. Do amigo, Glauco”.

Nunca vou esquecer de como este cara, junto a tantos outros mudou minha vida para sempre, e deixou ela muito mais divertida. Todos os dias, praticamente, eu que leio jornais desde criança. Lembrando da frase que o Marcelo lembrou lá no blogue dele, “como diria o Adão, o mundo hoje amanheceu mais xarope”.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Queria ter um irmão assim!

Marco Jacobsen - Folha de Londrina (11/03/2010)

segunda-feira, 8 de março de 2010