terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Boas festas!

Uma coisa é certa: ano que vem vai ser 10!

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O preço da mediocridade

Do blog do Ivan e da Adri:

De toda essa terrível história que aconteceu com o Mário Bortolotto, o comentário que mais me chamou a atenção foi um texto do blog "Dramaticoblog´s blog", que eu achei através do blog do Ivam Cabral, do grupo Sátyros. No texto, a Márcia Abos conta que uma das coisas determinantes para a ocupação e revitalização da região da praça Roosevelt pelos grupos de teatro foi justamente a possibilidade dos bares locais manterem mesas na calçada, o que fez com que a criminalidade na região fosse reduzida durante um tempo. Ocorre que há três semanas as mesas tiveram que ser retiradas por conta de uma decisão idiota da prefeitura, resultante da reclamação de vizinhos. Na Gazeta de Hoje o Ivam Cabral conta que essa decisão foi motivada por um abaixo assinado com, pasmem, 29 assinaturas, de vizinhos que reclamavam de perturbação da ordem. O resultado foi que a região voltou a ser ocupada pela bandidagem, crackeiros e afins, os assaltos e a violência de sempre.

Isso sem falar que a própria praça em si está fechada há anos, a espera das obras de revitalização, que nunca chegam, porque os prefeitos que lá passaram ter que cortar verbas dessas obras pra poderem investir em propaganda.

Isso só comprova como as pessoas não percebem o preço que a mediocridade e a mesquinharia cobra. Ao invés da ocupação pelos artistas, prefere-se baixar proibições ridículas em nome "da ordem e do sossego". O resultado é que ao invés de uma ocupação sadia, pela arte, tem-se o esvaziamento da região central de São Paulo e de outras cidades do País, que se tornam território para a violência e a criminalidade. Quem paga por isso são aqueles que insistem em resistir, se negam a fugir, e não aceitam se esconder, como o Mário, e as outras pessoas que como ele ainda acreditam que a arte pode ser a resposta para a falta de humanidade. Enquanto na Europa e outros países, o poder público e a sociedade caminha justamente na direção contrário, ocupando o centro de suas cidades com arte, música, vida enfim, aqui a classe média se esconde atrás de seus carros blindados e condomínios fechados para não se misturar com a "ralé". Até quando a gente vai aceitar que os idiotas e medíocres continuem ditando as regras? não sei...

Reproduzo abaixo o texto, pra vocês conferirem.

Para salvar a Praça Roosevelt

Por Márcia Abos

Ao ouvir as palavras de ordem dos assaltantes que invadiram o Espaço Parlapatões na madrugada de sábado, mandando todos se deitarem no chão, Mario Bortolotto teria respondido: “Ninguém vai assaltar ninguém aqui”. Imagino a cena e me assombro com a coerência deste grande artista. O dramaturgo, diretor, ator, músico, escritor e poeta é de uma coerência rara. Jamais fez concessões em sua arte, tampouco na vida. A reação de Mario a um absurdo assalto em um teatro (alguém já ouviu falar de tiroteio em teatro?) diz muito sobre ele, que pagou um preço alto demais por ser fiel a si mesmo: foi alvejado por quatro tiros, alguns deles em órgãos vitais. Ninguém que o conhece duvida de sua recuperação. Ouve-se na praça amigos dizendo: “ele é um touro, um búfalo, vai sair dessa logo”. Vai sim, mas a tristeza e a dor que se abate sobre artistas e frequentadores da praça precisa de consolo.

Há dez anos teve início o processo de revitalização da Praça Roosevelt. Não, a praça não virou um local habitável e cheio de gente por decreto. Começou com Os Satyros que decidiram abrir um teatro no local. Mas ninguém ia até a praça, espaço na época dominado pela criminalidade. Era um lugar sinistro, que metia medo até nos artistas que iniciaram o processo. Mas eles logo entenderam que a praça poderia se transformar com uma injeção de vida. Colocaram uma mesinha com cadeiras na calçada, um convite para um bate-papo. Por muito tempo essa mesinha ficou vazia. Mas era um gesto simbólico, eles sabiam que não podiam recuar. E acertaram. O tempo provou que a praça pode ser ocupada pela paz, por muita alegria e uma ebulição artística sem igual. Demorou, mas a praça tornou-se um local digno deste nome, onde gente de todo tipo se reúne para ir ao teatro, trocar idéias, criar. A Praça Roosevelt é o que temos de similar a Ágora grega, um espaço livre e público.

Mas a tragédia que se abateu sobre a nossa praça na madrugada deste fatídico dia 5 de dezembro de 2009 é também sintoma de um retrocesso na revitalização que começou com uma mesinha na calçada. Há três semanas não existe mais nenhuma mesinha na calçada. É proibido. E a vida parece estar se esvaindo. Muita gente continua a ir aos teatros, mas terminada a peça eles se vão. Acabou o alegre burburinho antes e depois dos espetáculos, acabou a alegria de quem pode ver em uma noite duas peças diferentes e aproveitar os intervalos para filosofar.

Triste constatar, mas este é o caminho para transformar os teatros da praça em algo parecido com o que foi o vizinho Cultura Artística ou como é a elegante Sala Julio Prestes. São lugares de passagem, uma espécie de oásis das elites no meio de um entorno totalmente degradado. Quem vai à Sala Julio Prestes chega em seu carro blindado e com vidros negros, desce na porta escoltado por seguranças, evita olhar para os lados e ver os ‘nóias’ e entra para ouvir as mais lindas e bem executadas sinfonias. Acabado o espetáculo, a saída é ainda mais rápida que a chegada. O jantar, o cálice de vinho, a cerveja são consumidos bem longe dali, no Itaim, nos Jardins, na Vila Olímpia (ou qualquer outro bairro onde é impossível lembrar que existem moradores de ruas, drogados e mendigos em São Paulo).

Ninguém que conhece a Praça Roosevelt acredita que a arte que se cria ali pode sobreviver sem o oxigênio de um entorno vivo, que se alimenta e é alimentado pelo teatro. Portanto, convoco a todos a estarem na praça. Nossa presença é a única coisa que impede a sua degradação. Certo, é proibido mesinha na calçada. Juntos talvez seja mais fácil derrubar o decreto que as proíbe, este sim capaz de destruir nossa ágora. Se a revitalização da praça não aconteceu por decreto, sua degradação pode ser consequência de um decreto exdrúxulo que proíbe singelas mesinhas na calçada. E enquanto não pudermos ter mesinhas na calçada, estaremos lá, nos teatros, em pé, sentados no chão, andando de um lado para o outro…

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Dias insanos e violentos

Quando saí da cidade para os trabalhos em São Paulo e Rio, um amigo foi baleado e morto aqui em Tamandaré, nos arredores de Curitiba. Ele era marido de uma amiga muito querida, dona do bar que eu frequento e do qual faço assessoria de comunicação. Foi terrível, não é preciso dizer. Morto por engano.

Já em São Paulo, o encontro e reencontro com diversos amigos. Seis dias alucinantes de muitos contatos bacanas. Apesar de todo trabalho que a gente tem pela frente, o melhor mesmo fica sempre no negócio de reencontrar amigos. Ainda shows e festas. Maravilha.

Dali, mais quatro dias no Rio, com direito a um fim de semana inteiro, e feijoada em Santa Teresa com a Silvia, e passeios e mais reencontro com amigos queridos, além de uma inusitada manhã/tarde de praia no Leme, em plena segunda-feira, absolutamente sozinho. Genial. Terminei a jornada comprando um livro do Raymond Chandler na Baratos da Ribeiro, um sebo muito legal ali na rua Barata Ribeiro, em Copacabana, daí o nome.

Volta pra casa na terça, show com o Gruvox na sexta, e já no sábado a notícia: meu amigo Mário baleado em São Paulo. Estive com ele quase todos os dias, em encontros rápidos ou noites de bilhar e bebedeira, inclusive no mesmo local onde aconteceu o crime.

Puta que pariu. O Mário não morreu, mas foi foda. Resistiu a um assalto num teatro que fica numa praça que ele e muitos outros revitalizaram sem ajuda da prefeitura, e que devido a ordens da mesma prefeitura foram obrigados a recolher mesas dos bares das calçadas para dentro, e com isso devolveram a praça aos marginais, que por sua vez foram lá assaltar o bar/teatro, fechado com gente dentro (isso é só um resumo da ópera, porque se eu for escrever a respeito dessa palhaçada toda, vão umas duas laudas só para o tema e estes governos filhos da puta). Meu amigo reagiu e levou a pior. Graças a deus ele tá melhorando, ainda com longa recuperação pela frente, mas melhorando.

Aqui, vidinha que segue. Pensando seriamente em comprar um apartamento no Rio, invés de aqui. Qualquer lugar menos aqui. Mas isso de pensar seriamente é a puta que pariu, também.

Não há nada melhor do que ter escolha e poder escolher. Vou ver o que faço, depois das férias. Férias. Palavra favorita dos últimos tempos. Né, Renato?

Dias insanos e violentos, estes.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Gruvox em desconcerto

Fotos: Simon (London, UK)

Infelizmente, dia 12, sábado, não haverá show do Gruvox no Blues Velvet. Uma pequena confusão de datas entre o dono do bar e a produção acabou por cancelar o evento. Vamos tocar neste bar lá pelo ano que vem. Quem sabe faremos uma saideira ainda, em algum lugar remoto da cidade. Veremos. Senão, em fevereiro estamos nos palcos de novo. Sempre lembrando que nosso terceiro disco está disponível para download na Trama Virtual, com link ali ao lado.
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Adendo

O show de hoje, que era pra ser o último do ano de 2009, não vai mais ser a saideira. Temos uma data marcada de última hora no Blue Velvet, dia 12 de dezembro, sábado que vem, a convite da cantora e produtora da Tati Lemos, que me escreveu ontem. Mais informações no decorrer da semana, caros passageiros.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Continua lindo

Estou no Rio. Fodam-se.

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domingo, 22 de novembro de 2009

Desvario

Estou em Sao Paulo. Fodam-se.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Gruvox no 92 Graus

Natália, a Bárbara Lovelock, presença linda.

Depois da troca de camiseta.

Antes da troca de camiseta.
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Fotos: Mali Blue
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sexta!

Mais um show pra você não ir. Eu vou.
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domingo, 8 de novembro de 2009

06 de novembro, no 92 Graus

Gruvox, em momento "Os The Bermudas"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

La Carne Lança Granada em Curitiba

A cultuada banda La Carne, oriunda de Osasco-SP, chega ao seu quarto álbum, de nome Granada, extremamente aclamada pela crítica. O La Carne mantém desde a década passada ligações afetivas e estéticas com Curitiba, onde alimenta grandes amizades a cada passagem pelos pinheirais. A banda não poderia deixar de realizar o lançamento deste aclamado álbum com os amigos do Folhetim Urbano e Gruvox, além dos camaradas paulistanos do Popstars Acid Killers.

Todos prometem uma grande festa, com a presença de diversas personalidades do rock local e brasileiro, além de animada pista com os DJs Adriane Perin e Ivan Santos (DeInverno Records).

Serviço:
La Carne em Curitiba – lançamento do álbum Granada
Abertura: Popstars Acid Killers, Folhetim Urbano e Gruvox



Espaço Cultural 92 Graus

(Rua Des. Benvindo Valente, 280 – S. Francisco)
6 de novembro - sexta
Ingressos: R$10 e R$5 (mulheres até as 23h)
Horário: a partir das 21 horas (primeiro show as 23h)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hora de ficar engraçadinho

Atenção!!!




no próximo dia 10 de novembro, às 19:30h, no tuc - teatro universitário de curitiba - a igreja da salvação pela graça congrega-se em mais um culto anual, que tem por objectivo disseminar a graça entre seus aficcionados e público em geral. permeado de hinos engraçadinhos, o culto deste ano conta com a presença carnal do hinariador carlos careqa. é claro, o nosso amado pregador de botão hélio leites, coordenador doutrinário da ispg, se fará presente, irresponsável, como sempre, pelo harmonioso transcorrer do tradicional formato do culto. katia horn cuida do "cantinho da mulher" uma secção feminina com sugestões bem humoradas de usos e costumes. haverá farta distribuição de botões cheios de graça a todos os participantes, durante a cerimônia do abotoamento. e a grande atração deste ano, a beatificação de paquito modesto:


"Beato Paquito Modesto celebra-se dia 11 de dezembro (Protetor dos Independentes)Oh! Beato Paquito, tu que sempre nos acolhestes neste recanto teatral. Tu que sempre comprastes brigas homéricas com o poder instituido pelos poderes homeostáticos, mesmo sabendo em sua profunda e zarolha sabedoria que nada conseguiríamos e nem chegaríamos a lugar nenhum! Tu que sempre protegestes e acolhestes em teu procênio o fervoroso Ademir Plá, e sua anti-música bomba atômica! Tu que nascestes tão longe, viestes para o nosso seio com idéias avançadas entendendo assim nossas propostas Histerilicas! Que na sua cidade natal Tavira-Algarve (Portugal) seja reconhecido também sua santidade! Tu que criaste a canja em que todos se fortaleceram da música nossa de cada dia! Tu que reinastes por um longo período abaixo da terra, sob as catacumbas da matriz, acolhendo assim nossa primeira sede, evocamos tua presença mais uma vez, oh! venerado Beato Paquito, que a graça que espalhastes em vida reine para sempre em nossa Igreja da Salvação pela Graça! Que a graça esteja convosco!
carlos careqa

http://www.unidosdobotao.blogspot.com/

visite nosso blog, deixe seu recado, compareça ao nosso culto, prepare sua carteira, receba sua graça, espalhe a sua graça, ha ha ha

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Idade real

podem ficar com a realidade
esse baixo astral
em que tudo entra pelo cano

eu quero viver de verdade
eu fico com o cinema americano

(Paulo Leminski)

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Pra não falar de futebol...

Dado o resultado adverso de ontem, melhor pensar em coisa boa .... :(
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Semana Quebradêra

Tudo isso acontecendo e ainda um Atletiba no domingo. É sempre assim, fase de mudanças extremas, mente ocupada que cabeça vazia é oficina do cramulhão, e vem o velho embate que desconcentra até o mais carola coroinha em dia de missa.

Mas, pensando bem, mal não há que se pensar em dias assim, dado que o Atlético sempre ganha quando se instala essa atmosfera ao meu redor. As cagebrinas em espertos botequins hão de acalmar os nervos até lá. Dá-lhe, dá-lhe, ô... Dá-lhe Atlético!

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quebradêra é isso aí

Pancadaria total fim de ano agora. Terminei um livro no qual ainda preciso dar uns tratos. Um romance em capítulos que podem ser lidos separadamente e/ou em ordem diversa. Não gosto do termo, mas é uma espécie de romance experimental. O primeiro livro em prosa, com alguns trechos que podem ser lidos em pequenos fragmentos que soltei aqui pelo blogue. Ainda não defini o nome, nem a editora. Meu irmão tá vendo uns contatos, e vai me ajudar no lance. Negócio é publicar esta tralha sem precisar pagar nada, ou pelo menos não muita coisa. Chega de prejuízo.

Esta semana vamos retomar ensaios do Gruvox para um show muito legal com o pessoal do La Carne, amigos de São Paulo, e do Folhetim Urbano, amigos daqui. No Espaço Cultural 92 Graus. Produção minha e do Carlão Zubek. Já descolei cachês pro Gruvox e apoio da Marielle Loyola, em seu programa Cena Local, da 91 Rock.

Também terminei definitivamente um programete de rádio, que agora está na mão do pessoal de uma emissora (o pessoal certo, não o que entreguei antes, o piloto). É sobre futebol e deve estrear em 2010, ano da Copa. Começo agora um novo projeto para um programa de música que deve levar o nome deste blogue. Em fase de pré-produção criativa e em outra emissora. Vou fazer com Nelio Koentropp e Carlos Alberto Lins, se eles toparem.

Fiz um super trabalho pra uma agência paulista que vai garantir um bom fim de ano. Mas pretendo passar um verão classe econômica, pelo litoral aqui do Paraná mesmo. Só pra tomar uns banhos e um sol maneiro.

Este mês ainda entrego nas mãos do Ivan Justen a seleção de minha “obra” poética para curadoria do mesmo, mestre na Usp, visando um futuro livro de poesia reunida, Ex Cultura. Daí, serei um ex-poeta (!!??) enfim. Vai ser legal, e a ideia é fazer pela lei de incentivo.

Após o show do dia 6, deixo a produção da banda nas talentosas mãos da Ana Pimenta, e embarco em voo pra São Paulo a trabalho para a Confederação Brasileira de Skate. Vai ser um lance legal, visando desde já as Olimpíadas de 2016. Muito, muito trabalho mesmo. Fico uma semana por lá. Aproveito pra visitar amigos no Rio e tiro aqueles dias de férias que ficaram pendurados desde a viagem pra Londres ano passado. Aproveito, claro, pra fechar umas datas pra banda em Sampa e visitar o Rubens K, a Néli Pereira e o Renato Larini, diversos outros amigos queridos, além de assistir algumas peças da moçada lá na Roosevelt.

Agora escrevendo, de forma muito mal paga, diga-se, mas por encomenda, maneira que adoro trabalhar, um roteiro para o Causos & Causos, da RPC. Sei lá o que vai dar isso. Eu me divertindo já vale.

Fora o trabalho todo de fim de ano aqui no escritório, e os free lances que pintaram aqui pelos pinheirais mesmo. Não é fácil essa vida de trabalhar de bermuda e chinelos, fumando, ouvindo rock alto e sendo finalmente razoavelmente bem remunerado pra isso.

E ando colaborando para o bem-estar do planeta vindo trabalhar de bicicleta quase todos os dias. Parece idiota vindo de um cara que não possui carro. Mas é bom dar exemplo (risos, gargalhadas). Agora que o sol abriu, vai ser todo dia, certeza.

Ainda, Arnaldo Machado me ligou hoje convidando para participar da gravação ao vivo, com plateia, do Paz de Usinas, projeto dele com Rodrigo Barros. Vai ser no TUC, com ingressos a R$3, neste sábado, 20 horas.

Pra quem sempre pergunta o que faço da vida (e sempre com um ar de quem acha que o neguinho não faz nada), vai vendo.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Tributo ao rival. Respeito e honra

Neste fim de semana de feriado, dia de Nossa Senhora Aparecida, e do descobrimento da América, e das crianças, o Coritiba Foot Ball Club completa 100 anos. Venho por meio desta parabenizar todos os meus amigos coxas brancas. Todos conhecem minha preferência, mas como sempre digo, longe de sermos inimigos, somos apenas rivais. O respeito e a honra devem estar sempre acima de tudo e de todas as coisas. Nossas histórias se completam. Longa vida ao vovô do nosso futebol e um dos clubes mais tradicionais do país do futebol. Certamente o país mais genial de todos. Que venham mais 100 anos de atletibas e loucuras. Meus parabéns! A vida não teria a menor graça sem vocês, seus chatos de galocha!

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Washington

Um dos caras que ajudaram a fazer a alegria da minha infância e adolescência está em apuros. Li agora a pouco no blogue do Guerrileiro da Baixada:

"Rusgas à parte, Atlético e Fluminense e suas respectivas torcidas têm algo em comum: o carinho pelos eternos ídolos Washington e Assis - o "Casal 20" dos anos 80. Pois bem, foi por um intermédio de um tricolor, João Márcio Junior, que fiquei sabendo do drama que vive o artilheiro da camisa 9, devido a uma terrível doença neurodegenerativa, a Esclerose Lateral Amiotrófica.
A triste notícia veio à tona em reportagem do jornal Lance! do dia 30 de setembro. Segundo a matéria, Washington estava internado, na semana passada, em um hospital de Curitiba (não disse o nome) devido a uma pneumonia, e já teria recebido alta. O texto, feito por um repórter do Rio de Janeiro, conta que o ex-atacante teria procurado a diretoria do Fluminense em busca de apoio, mas que não teria sido recebido. A matéria não cita o Atlético.
Por conta de um comentário aqui no blog, pude ler a reportagem e também conhecer a campanha que o João Márcio está fazendo para ajudar o ídolo. Ele está leiloando uma camisa do Tricolor das Laranjeiras autografada pelo artilheiro. Mas quem não quiser participar do sorteio pode ajudar da mesma forma, fazendo uma doação em dinheiro para ajudar no tratamento do ex-jogador (o medicamento mais utilizado para combater a doença é o riluzol, que retarda a evolução dos sintomas. Porém, ele é caro para os padrões brasileiros: uma caixa com 56 compridos custa algo em torno de R$ 1.600).
Para efetuar a doação, faça um depósito na Conta-poupança 7237-0 / Agência 2926-2 / Banco do Brasil (número 001). A titular da conta é a fillha do Washington, Geovana de Souza Santos (CPF 165.634.415-72).
Vamos atrás de mais informações sobre o artilheiro e em breve postamos aqui."


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bill Waterson. Genial

Última tirinha do Calvin. Simplesmente comovente.
Cortesia do Boczon.

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

No Era só o que Faltava - banda nova

Jahir Eleutério - guitarra e voz
Alex Fabian - vocal
Anderson Lino - baixo
Bhorel Enrique - bateria e voz
Ricardo Verocai - teclados

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Metrô Curitibano

Quer conhecer como vai funcionar o sistema de metrô da cidade e apresentar suas sugestões? Clique aqui: http://www.metro.curitiba.pr.gov.br/ . Eu enviei a minha, porque os palhaços pra variar vão enfiar todo nosso dinheiro no rabo, substituindo o ônibus expresso e colocando trem subterrâneo para parar praticamente nos mesmos pontos já existentes. Burrice. Vai lá e sugira o sistema de manutenção do expresso e trem subterraneo de terminal pra terminal, direto e rápido, com conexão para o sistema já existente, e infinitamente mais barato. Se bem que eles vão dar um jeito de roubar de qualquer maneira, você não acha? Mas, enfim, abriram uma consulta pública, e não custa nada sugerir e/ou meter a boca, apenas.

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sábado, 26 de setembro de 2009

Walmor Marcelino


Este senhor realmente foi um jovem. A vida toda. Uma grande perda. Um exemplo pra muita gente bunda-mole, que só reclama e não faz nada que preste. Não vou falar tudo que ele representa. Leiam, jovens. Leiam, velhos. Leiam. Poeta, dramaturgo e homem de opinião. Falou, escreveu e disse, Walmor! Vai com deus! (1930-2009).
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Maio de 1968

Flávio Jacobsen em Cornélio Procópio-PR.
Churras de família. Maio de 1968.
Beatles na vitrola.
Foto: Wilson Jacobsen (tio).
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ao sucesso

O agente tira as algemas e abre a porta da cela. Escuridão total.

– Na altura de meio metro mais ou menos você acha um interruptor que acende a luz. É só ir apalpando a parede – ele diz.

Alguns minutos apalpando a parede na escuridão são suficientes pra perceber que não há porcaria de interruptor algum. Lá de fora, entrando pela janela minúscula, rastros da lua cheia, alguma claridade. Muito pouca. A escuridão está no espírito da coisa toda. Longa noite.

Sentado no chão. Num repente, o milagre de um cigarro perdido. Gritos à porta, na pequena abertura, para o carcereiro conseguir fogo.

A brasa do cigarro é feroz contra a escuridão. A cada tragada, espasmos de imagens surgem com a claridade provocada. Coisas escritas na parede.

João esteve aqui. Dá-lhe Coxa. I love you. Boqueirão na veia. Aqui o valente se mija. Só Jesus salva.

Antes de amanhecer, o advogado vem à pequena abertura da porta.

Trago boas notícias, não. Avião com teu pai dentro. Sumiu. Poucas chances. Já volto e fique calmo. Toma este maço de Hollywood. Tó o isqueiro, também. Sim, morte é possível. Calma. Até de manhã você tá solto.

Dois anos sem falar com o pai. Desde o escândalo. O velho nas tevês, jornais, revistas. Governador envolvido. Mãe louca. Filho criança. Filha drogada. Filho playboy. Filho bandido.

O bandido acende o primeiro Hollywood. Sim, morte é possível.

Cigarro versus escuro. João esteve aqui. Dá-lhe Coxa. I love you. Boqueirão na veia. Aqui o valente se mija. Só Jesus salva. Mariazinha, volta pra mim.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vem aí

Breve. Novo videoclipe do Gruvox.
Quase pronto. Realizado em Londres, no final de 2008, agora
em fase de finalização em São Paulo. Direção: Renato Larini.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reeditando (2007)

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De janela

Tudo que tenho direito
Tudo que você tem errado
Um mesmo eu mal tratado
Assim de dar dores no peito

Ver o que você tem olhado
Enxergar além do parapeito
Este vaso de amor perfeito
Da janela do meu barraco

Ainda uma nuvem disforme
Dá-se ao céu em conceito
Enquanto você, linda, dorme

Ver estrelas todas as noites
Dedicar como um grande feito
Teus beijos aos montes

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Melhor descrição de Porto Alegre, mas serve pra cidade de cada um

Foto: Blogger

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Telhados de Paris

Venta
Ali se vê
Onde o arvoredo inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
Um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
Sem mágoas, sem nada
Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que o engano fez aqui
Mas tem no outono uma luz
Que acaricia essa dureza cor de giz
Que mora ao lado e mais parece outro país
Que me estranha mas não sabe se é feliz
E não entende quando eu grito

O tempo se foi
Há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
E de versos retos, corretos
O resto da paixão, reguei
Vai servir pra nós
O doce da loucura é teu, é meu
Pra usar a sós
Eu tenho os olhos doidos, doidos, já vi
Meus olhos doidos, doidos, são doidos por ti

(Nei Lisboa)

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Decididamente

de papai noel
só os coturnos

dos meus planos
ladeiras sem fim

pra subir, este céu
é um inferno

a descida já se decidiu
por mim

ainda há
um pouco mais
assim

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Canivetes!

Chuvarada na Carlos de Carvalho com Visconde de Nacar
Fonte: Bárbara
Chuvarada na Alameda Cabral com Carlos de Carvalho.


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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Deu Brasil

Foto: Uol

Depois daquele passe do Kaká, na adversidade de um golaço da Argentina que acabara de acontecer, a gente realmente tira o chapéu pro talento que a gente mesmo tem.

Hoje podemos dizer que, apesar da nossa educação pífia, da miséria recorrente em alguns vários de nossos rincões, da violência latente, da corrupção infiltrada praticamente em todas as nossas camadas sociais, ricas ou pobres, dos nossos muitos pobres, do nosso infinito menor número de livrarias (reza que em Buenos Aires há mais livrarias que no Brasil inteiro), somos os melhores nessa coisa de dominar uma pelota com os pés.

Em Rosário, terra do companheiro Chê, mais uma vez, diria o bardo Nelson Rodrigues, o mundo se curvou ante nossa juventude mais talentosa. Saravá e adiós, muchachos!

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Feriadão!

Flávio Jacobsen tostado de sol, na casa de praia em Mariscal-SC - Janeiro 2006.
Foto: Ângela Meschino.
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Longe de agitos este feriado. Tentar pegar uma praia de repente. Se não, boas leituras e boa música e um quintal pra cuidar. Nada mal. Antes, é claro, Brasil x Argentina lá em casa, com amigos aos violões, cerveja na geladeira e uma boa costela na churrasqueira. Trabalho? Ah, só quarta feira. Sorry, periferia.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Do blogue do Marcelo Montenegro, um texto genial de Xico Sá


E Deus Oxigenou o Mundo
"Ela pode. Ela pode tudo. A galega está podendo.

E deus oxigenou o mundo quando fez Scarlett Johansson.

A única poderosa de Hollywood pós-Marilyn que passa aos homens do mundo inteiro a sensação de que eles também podem tudo com ela.

Scarlett parece aquela loira que lava o carro da família, no final da manhã de domingo no subúrbio, qualquer Babel do mundo, com aquele shortinho vermelho que enlouquece a humanidade, a aldeia, o universo globalizado.

Scarlett tem de Monroe aquela suposta ingenuidade que deixa todo homem de quatro. A falsa ingenuidade que faz crer que as mulheres precisam muito dos homens, hahahahahahaha. Nisso que elas nos escravizam, ao nos justificar como necessários.

Mas é na fita de Sophia Coppola, que ela está mais linda. “Encontros e desencontros”, o velho Bill Murray passex, passado, dá-me saquê que a vida é nada, play again karaokê, que a vida é menos ainda.

Em “Dália Negra”, outro filmaço, ela consegue unir dois homens, o frio e o quente, ela pode. Ela vira mocinha século XVII naquela fita dos brincos de pérola, safadeza-vintage. Com Woody Allen, no Match Point, está completa: santa, diva e puta".

Xico Sá, mestre, in o Carapuceiro.
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Acervo Escória Clássica (1990-1996)

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apollinaire
a poesia
apologia dada
a hipocrisia

sou uma rosa
que caminha contra o vento
quem eu amo não me ama
quem me ama perde tempo

meu coração dilata
quando vê você
meu coração de lata
é metal pesado

(Celso Amorim/Flávio Jacobsen – 1990)

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Queria ter um irmão assim!

Marco Jacobsen

Folha de Londrina - 01/09/2009

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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Quebradêra indica

Meu amigo João Acuio tem um site já bastante famoso. É o Saturnália. E o assunto é mais interessante ainda: Astrologia.

João Acuio é dono da abordagem mais original que já vi sobre o tema. É autor ainda de uma pérola em livro chamada Céu em Transe. Só este nome já vale uma conferida na coisa.

Ele me deu o livro de presente faz alguns anos já, e eu viajei nos mapas astrais de Leminski, Curitiba e... do Batman! Sim, o cara traçou o mapa astral do Cavaleiro das Trevas, senhores!

Bem, o site está com link ali ao lado e o endereço é este: http://www.saturnalia.com.br/. Boa leitura.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Touché!

O amigo/irmão Flávio Bombazar (o Infla), em Paris.
Foto da Lu.
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Álbum de família

Gruvox no antigo 92 Graus. Outubro, 2005.
Foto do inglês Simon.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Hoje Leminski faria 65 anos. Feliz aniversário!

Foto: Vermelho


polaco do pilarzinho
.
você se foi
morreu mocinho
como um bandido que sabia latim
.
mas hoje é seu aniversário
e estamos de parabéns
nós, você não
.
a morte é uma apoteose sem palmas
longo silêncio mudo em ação
eco oco surdo das almas
.
esses 65 anos não são seus
são nossos
dos que ainda têm sua carne sobre os ossos
.
Thadeu Wojciechowski, o polaco da barreirinha



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domingo, 23 de agosto de 2009

Vou festejar!

Foto: Giuliano Gomes

Sem maiores comentários. Apenas citando a grande, maiúscula, enorme, gigante vitória do Furacão instantes atrás diante do São Paulo. Fransérgio, partidaço. Paulo Baier, brincando de deus mais uma vez com gol e tudo. 1x0 aos 42 minutos do segundo tempo. Eles nunca ganharam do Atlético aqui, e hoje não foi diferente. Ainda, como registro, a inauguração da nova arquibancada na Brasílio Itiberê, fechando finalmente o estádio mais bacana do mundo. E a música a seguir, imortalizada nas vozes de Jorge Aragão e Beth Carvalho, vai pro nosso amigo Dagoberto (alô, Rubens K! lembra do teu vizinho?). Azar dos Bambis! Aqui é o Caldeirão! O Furacão voltou! Canta, nação rubro-negra!

Vou Festejar

Chora, não vou ligar
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar, pode chorar (mas, chora!)
É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê
Eu vou festejar, vou festejar
O teu sofrer, o teu penar
Você pagou com traição
A quem sempre lhe deu a mão
La laia, la laia
La la la ...

(João Bosco, Dida, Neoci)

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Receita do Renatão


Bacalhau a Dois
(que tá muito caro pra fazer pra moçada toda)

Ingredientes:
1 posta de Bacalhau da Noruega tipo Cod de 1/2kg aproximadamente
1 pimentão tailandês vermelho sem pele
100g de azeitonas gregas pretas
Batatas inglesas do condado de Yorkshire, cortadas em nozetes (com o lado menor do cortador) Farinha de rosca da região de Toledo
Manteiga de cabra irlandesa, para gratinar
Salsa da barraca da Maria Cacilda da feira da praça da Ucrânia, bem picadinha, para salpicar sobre as batatas
Azeite de oliva extravirgem da vila de Covilhã
Modo de preparo:
Deixar o Bacalhau da Noruega de molho, durante 24 horas em água fria, trocando-a de tempo em tempo. Escorrer.
Aferventar o tempo suficiente para que o Bacalhau da Noruega fique macio, sem desmanchar. Escorrer.
Acertar a posta que vai ser utilizada, eliminando as eventuais espinhas e peles. Abrir as fibras da carne, na superfície, acompanhado o desenho natural delas, levantando-as ligeiramente nas bordas.
Untá-las com pincel, passando mel ou claras, só para dar aderência à farinha de rosca que será salpicada nas bordas e nas laterais. Espalhar pequenos pedaços de manteiga em toda a superfície. Levar ao forno para dourar.
Para servir, montar sobre rodelas de pimentão. Dourar as batatas na manteiga, rapidamente. Espalhá-las em torno do Bacalhau, enfeitando com azeitonas a gosto. Salpicar com a salsa picadinha e servir.
Melhor ainda, se acompanhado de um LA JOYA CABERNET SAUVIGNON 2002 do Vale Colchagua, Chile. Pois, é um tinto que possui um rubi intenso e elegante, tem corpo médio e taninos macios. Servir de 16°C a 18°C.
Como trilha sonora, recomendo "Quero cheirar teu bacalhau", do Quim Barreiros:
Quero cheirar teu bacalhau, Maria
Quero cheirar teu bacalhau,
Mariazinha, deixa-me ir à cozinha
Deixa-me ir à cozinhaPra cheirar teu bacalhau
Teu bacalhau é mesmo uma beleza
És a portuguesa com teu prato especial
Se o cheiro é bom, mais gostoso é o cozido
É o prato preferido do povo de Portugal
Teu bacalhau, demolhadinho
Diz-mo se é da Noruega ou aqui de Portugal
Mariazinha deixa-mo cheirar
Que coisa tão gostosa
Nunca cheirei nada igual
Quero cheirar teu bacalhau, Maria
Quero cheirar teu bacalhau,
Mariazinha deixa-me ir à cozinha
Deixa-me ir à cozinha
Pra cheirar teu bacalhau
(Durval Vieira/Hernandes)
Fonte: Renato Quege (Marlenes)
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Não dê pipoca aos turistas

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Eu gosto de Cu ... ritiba
Eu quero ir fundo
No meio do mundo
Aqui é o lugar
Olhar as meninas
Da Praça Osório
Pela janela do meu escritório
Pegar meu salário
Dançar no Operário
Na Riachuelo comprar mais um selo
Pra te mandar um postal.

Passar pela Praça
Do homem pelado
O Passeio Público fica ali do lado
De onde se vê as coisas mais claras
Dando pipoca às capivaras
A noite é feia
Meu coração é quente
Eu quero ir fundo
Eu quero ver gente
Tomar um chopinho
Na Praça Tiradentes
Deixar pendurado na mão do gerente.

(Carlos Careqa)

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sou poeta

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parem
eu confesso
sou poeta

cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face

parem
eu confesso
sou poeta

só o amor é meu deus
eu sou o seu profeta

p. leminski


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Woodstock 40 anos


O maior festival de todos os tempos está de aniversário. Sempre gostei do filme (Oscar de melhor documentário em 1970). Tem um DVD saindo agora com a versão do diretor. Parece que é uma caixa com 4 discos. Em torno de R$75. Vai das promoções. Quem procurar, acha. E na internet há 100 fotos da cobertura feita pela revista Life, como esta acima, clicando aqui.
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O dia em que Paulo Baier brincou de Deus

Ontem eu estava em um domingo como tantos. Acordando tarde e com muito sono. Sem ressaca, nem nada, apenas sono. Daí toca o telefone e era o Luiz, da agência. Uns clientes nossos liberaram um camarote pra gente ir à Arena da Baixada ver o Furacão contra o excelente time do Barueri.

Convidei a Kathia a fomos a pé, em animada caminhada do centro até minha querida Baixadinha da Água Verde, ali por detrás da Estação, depois avenida Iguaçu, curtindo a arquitetura do velho Rebouças e tal.

Eu aproveitei pra ligar pro Coelio, que tá indo pra Londres, e pediu emprestado meu cartão de ônibus/metrô/trem, um Oyster Card, que eu trouxe de lá. Assim ele não precisaria comprar outro, só recarregar e já economiza alguns pounds na viagem. O Coelio mora na Iguaçu e marcamos em frente ao estádio, onde ele foi nos encontrar. Daí boa viagem pro Coelio e encontramos o Luiz e a Carla e entramos.

Nunca tinha ido de camarote na Baixada. Garçom, banheiro privativo, tevê pra ver os replays, cadeiras estofadas mais confortáveis que as do Guaíra. Ahá, eu hein? Lá sou disso?

Os nossos lugares eram atrás da Fanáticos, então a barulheira foi aquela, com a maior fumaceira e a cantoria da galera. Meio over pra um homem quase de meia idade como eu. Mas tá tudo certo.

Enfim, o melhor estava por vir. Há muito, muito tempo, não via o Atlético jogar tão bem, com a torcida apoiando, sem choradeira e cornetagens. Um verdadeiro passeio. E Paulo Baier resolveu brincar de Deus. O cara simplesmente conseguia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Onipresente, envergava da camisa dez e matou a pau. Fez dois, um deles de falta no ângulo, magistral. Sofreu o pênalti do terceiro, convertido por Marcinho. O resto foi o baile. O time inteiro jogou muito. Maravilha.

Terminamos a noite no Zapata, com nachos jalapeños e algum chope. A Kathia, que tem o imenso defeito de não ser atleticana, se divertiu muito e eu paguei minha dívida com ela, de levá-la à Baixada. Já tarde demais para os gols do Fantástico, dormi como um anjo.

Ô, domingo bom...
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Les Paul, criador da guitarra que leva seu nome, morre aos 94 anos

Escritório da Gibson. London, UK.
Foto: Flávio Jacobsen (nov/08)

Les Paul, guitarrista e inventor que mudou a história da música com a guitarra elétrica e a gravação multipista e que teve uma série de sucessos, muitos deles com a cantora Mary Ford, morreu nesta quinta-feira aos 94 anos.De acordo com a empresa de guitarras Gibson, Paul morreu de complicações causadas por uma pneumonia no hospital White Plains, em Nova York, ao lado de familiares e amigos.
O músico foi hospitalizado em fevereiro de 2006 quando soube que havia sido premiado com dois Grammy pelo disco lançado após seu aniversário de 90 anos, "Les Paul & Friends: American Made, World Played"."Me sinto como um edifício condenado com um mastro de bandeira novo", brincou Les Paul na época.Como inventor, Paul ajudou a popularizar o rock'n'roll e a gravação multipista, que permite que artistas gravem diferentes instrumentos separadamente, cantem as harmonias com as gravações e depois equalizem e misturem as diferentes gravações em uma faixa final.
Com Ford, sua mulher entre 1949 e 1962, ele ganhou 36 discos de ouro e colocou 11 sucessos no primeiro lugar das paradas, entre eles "Vaya Con Dios," "How High the Moon," "Nola" e "Lover". Muitas das canções usavam técnicas de gravação que Paul ajudou a desenvolver, como o "overdub"."Eu poderia pegar minha Mary e fazer três, seis, nove, 12, quantas vozes eu quisesse", lembrou o músico. "Essa é uma bela possibilidade". A técnica do "overdub" foi muito utilizada por artistas posteriores, como os Carpenters.
A guitarra elétrica ganhou popularidade a partir de meados da década de 40, e então explodiu com o surgimento do rock nos anos 50."De repente, perceberam que força era uma parte importante da música", disse Paul. "Poder se expressar além dos limites normais de um instrumento sem amplificação era inacreditável. Hoje um garoto não imaginaria cantar uma música em um palco sem um microfone e sistema de som."
Les Paul fez experimentos com a amplificação de violões por anos antes de aparecer em 1941 com o instrumento que chamou de "The Log"."Fui em um clube e toquei. Claro que todo mundo me achou maluco." Tempos depois o instrumento foi aperfeiçoado até ter o desenho mais próximo de um violão.Em 1952, a empresa Gibson começou a produzir a guitarra Les Paul.Pete Townshend, Steve Howe, do Yes, Al DiMeola e Jimmy Page são alguns dos músicos que fizeram da Les Paul sua marca registrada.Com o passar dos anos, as séries Les Paul se tornaram uma das mais populares entre os músicos. Em 2005, um modelo de 1955 foi leiloado por US$ 45.600.

Fonte: Uol

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Introdução a um diário de bordo

ainda ontem sobre o medo,
não tive coragem
equilibrado sobre o próprio peso,
nenhuma medida

sobre maneira de dizer a verdade, mentira
às mulheres que infelicitei, felicidades
se há as que fiz felizes, saudades

tudo que escrevi,
bom dia

ao que virá,
se um dia me encontrares,
outros mares

tudo nos seus devidos lugares
blues em chicago
samba no rio
tango em buenos aires

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Musical Instruments

Loja no Soho. London, UK. Nov/2008.
Foto: Renato Larini

domingo, 9 de agosto de 2009

Sexta foi um dia ivânico

Hoje é dia 07/08/09.
Você queria chamar isso de Dia Ivânico.
O primeiro Dia Ivânico deste milênio foi 01/02/03.
No ano seguinte, foi obviamente o 02/03/04.
Nestes primeiros dias ivânicos, você não tinha plena consciência da historicidade dessas datas, pois você estava na pré-história da sua loucura.
No dia 03/04/05, você talvez nem fosse mais você mesmo, uma dúvida que permanece até o dia de hoje.
Em 04/05/06, a sua confiança dava sinais de recuperação, e quem sabe uma pálida sombra daquela sua personalidade anterior ao início dos tempos ivânicos voltava a mostrar seus reflexos nas suas desfiguradas feições.
Em 2007, o dia 05/06 viu você passar e quis (mas não conseguiu) gritar-lhe:"Ivan! Atenção: sua vida está passando e este é o quinto Dia Ivânico do resto de todos os tempos!".
Já no ano passado, em 06/07/08, você devia estar começando a compreender a importância de tantos eventos significativos na sua vidinha: a época pré-consciente dava sinais de seu fim.
Hoje, você gostaria de não ter viajado em tantas considerações totalmente supérfluas, queria ter feito um texto em prosa sobre tudo que acha importante, as coisas, pessoas, ideias que ultimamente têm se revolvido no terreno baldio do seu cérebro, mas tudo acabou ficando por isso mesmo.
Preste atenção, Ivan: só restam mais quatro dias ivânicos na história do universo, e algum dia desses você vai se ver forçado a articular tudo que poderia ter escrito nestes últimos seis anos...

Ivan Justen

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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Se for fazer literatura...

o medo da página branca
é mais importante que a confiança cega
aquilo que você sente não tem importância nenhuma

aquilo que você viu não existe
se ainda não rompeu o silêncio
do que não foi escrito,

filmado, fotografado, pintado, desenhado,
rascunhado, dito, cantado,
tocado, sentido, representado
consenso fácil se rasurado

sentido é diferente de direção
a verdade é um delírio qual aquilo que você crê
o nada é um princípio de coragem
o que você vê, você sente.
isso é verdade. mas,

queira são tomé feito signo
de toda e qualquer crueldade
se for encarar, mate. deixe que vaze
um tiro na trave ao menos é quase

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Curitiba branca de neve

foto: google


Boneca Degelo*

Desde a neve que caiu em mil
Novecentos e setenta e cinco
É que eu sinto
Este frio

Eu passei,
Você se derreteu
Levou contigo
Tudo que era sonho meu

Desde então espero todo agosto
Um zero grau, só pra te ver
Na esperança de você voltar
Que só geada não vai adiantar

Não fui embora ainda daqui
Nem conheci todo lugar que eu quis
Que é bem mais fácil nevar de novo
Neste cantinho do meu país

(Walmor Goes / Flávio Jacobsen)
*Samba


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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Melhor definição para o que foi o Rock de Inverno 7:

"Mais do que um festival de bandas, o Rock de Inverno mostrou boa renovação para o cenário, local e nacional. Repararam que não tocaram bandas do tipo “cover com música própria”? Que não tinha banda de hard–emo-core? Que na hora de falar de uma ou outra banda, não precisei citar referências, ao menos não diretamente? Tudo isso prova que tem gente buscando fazer coisas novas. E fica a sugestão para os outros festivais independentes que acontecem nesse congestionado segundo semestre: olhem para quem tocou no Rock de Inverno antes de fechar o elenco de vocês com as mesmas bandas de sempre."

de Marcos Bragatto, do site Rock em Geral.

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Gripado e em casa

Sigo com a gripe que não é suína. Estou desde sexta passada de cama. Me recuperei muito bem. Espero poder voltar a trabalhar no escritório, de bicicleta, até sexta, pelo menos. De bicicleta, sim, porque não me sinto à vontade em coletivos nestes tempos de contágio (tenho certeza que peguei esta gripe num ônibus) e não tenho carro, e também não iria de carro pro trabalho com este trânsito nem a pau.

Bom este tempo pra escrever, compor, ouvir velhos discos e, principalmente, ler. Não me lembrava mais a última vez que fiquei cinco dias seguidos em casa. Nunca consegui. Mas vou rever aquela antiga questão de não conseguir trabalhar onde se mora, por não ser dono de grande disciplina e tal. Acho que as coisas mudam e estou estudando o caso. Vamos ver.

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O Atlético tolheu o Cruzeiro em pleno Mineirão. Golaço de Gabriel Pimba e tudo. 2x0. O Delegado estreou com o pé direito. Este é velho colaborador do clube e conhece do riscado. Sem empolgação, vamos vendo.

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Não acredito em nada do que leio ou assisto sobre a gripe do vírus H1N1. Em meio a e-mails e boatos terroristas, gostei de um que recebi do Carlão Zubek, que ensina como a gente deve se prevenir. É simples, também, dado que é tudo que já foi dito pela vovó: comida natural, salada, frutas, sopas, caldos, gengibre e alho, muito alho. Evitar remédios e comida industrial. Tentar sempre a homeopatia. Novidade, hein? Bem, eu que peguei uma gripe fortíssima, garanto que só na base do chá de gengibre, alho, limão e mel, tô quase bom. Se tivesse adotado estes hábitos antes e evitado excesso de bebidas, cigarros e que tais, certamente nem teria contraído a doença. Valeu, Carlão. O óbvio quase sempre é o que mais resolve.

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domingo, 2 de agosto de 2009

Vitória suada e novo técnico

O Atlético voltou a vencer depois de 5 jogos. Como este blogue havia previsto, depois da chegada de Waldemar Lemos, após dois meses o clube estaria atrás de outro treineiro. Não deu outra. Agora, volta o Antônio Lopes. Vamos ver o que o delegado pode fazer. Afastaram 5 jogadores, já. Frutas podres do elenco, eles dizem. Vamos ver... Vamos ver...

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ontem: 15 anos sem Mussum!

Antonio Carlos Bernardes Gomes.
Só no forévis!

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terça-feira, 28 de julho de 2009

História do Pinheads

Dudu Munhoz escreveu a história de uma das bandas mais importantes da cena nacional na década de 1990, da qual foi baterista. Está sensacional. Quem quiser conferir a saga do Pinheads e matar saudades daquela época, clica aqui: http://historiapinheads.wordpress.com/

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Feras

Carlos Alberto Lins e Rubens K. Rock de Inverno 7.
Foto de Lícia Beletti.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

20 de julho de 1969

(...)
There's a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds
There's a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows it's all worthwhile
He told me:
Let the children lose it
Let the children use it
Let all the children boogie
(...)

(Starman, David Bowie)

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sábado, 18 de julho de 2009

Esposa de Kaká diz que Deus deu dinheiro ao Real para contratá-lo

Certo, certo. Quer dizer que Deus é cartola agora? Deus tem o número da conta do Real Madri. Deus é empresário do Kaká? Desculpa, mas não entendi.

O que entendi é que a infeliz autora dessa declaração estava ao lado da sorridente bispa Sônia, lá da igreja Renascer, que por sua vez estava em cana devido a falcatruas com dinheiro dos fiéis. Certo. O povo crê nas benesses do Senhor a quem paga o dízimo direitinho.

Aos demais, a derrota. Humilhações. Nada de Kaká nem gols nem sucesso pra vocês que não pagam o dízimo, tá? Deus descolou uma nota preta só pro Real Madri, porque o Kaká, como diria o Rodrigão Barros, além de ser um "homem lindo, joga muito".

Ô, seu Deus! Se o Senhor não for cartola deve ser empresário de jogador. Então dá uma força aí pro Alex Mineiro vir logo pro meu Atlético! Ajuda nóis aí, vai!

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

El tiempo de Verón

Foto: Uol

Deu Estudiantes de La Plata. Depois do jogo descobri que um outro Verón (Ramón), o pai deste de hoje que levanta a taça ali acima (Juan Sebastian Verón), jogava no mesmo Estudiantes que ganhou as Libertadores de 1968, 69 e 70. Juan Sebastian nem era nascido. Estas histórias são das que valem a pena curtir o futebol. Grande vitória dos argentinos ontem. 2x1 num Mineirão lotado. Ao contrário de toda a mídia, sempre achei que eles tinham mais time que o Cruzeiro. Futebol é isso aí. Como diria meu velho tio Nilo, maior jogador de todos os tempos na minha imaginação: "Futebol é onze homens contra onze homens. Ganha quem for mais homem". Verón, o Juan Sebastian, é um grande meio campista. Sou fã. Parabéns a los hermanos de La Plata.

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