Pegou-se em flagrante pelo espelho batendo uma punheta no banheiro do quarto. Ela na cama lá fora. Dormia um sono sem respiração.
As ondas faziam aquele barulho típico, de sete em sete, na orla que dava pra janela, aberta. A música algo latina. Longe, vinha da rua. Entremeava o ato com goles na taça de vinho chileno tinto, nos lábios roxos. O vinho pingava na camiseta estilo pólo lacoste, branca; e no training adidas, azul escuro. Dois panfletos de viagem descansavam no bidê.
Feriado de Corpus Christi e Dia dos Namorados em Maracaibo. Dois mil dólares o casal, em sete vezes sem juros, só com a Deusa Turismo.
Lembrou-se que, até seus dezoito anos, ele não sabia pra que servia um bidê. Também nunca perguntou.
Gozou durante o ruído mais longo da sétima onda, sob o olhar da sorridente mocinha na embalagem do creme dental.
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
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