É muito certo que eu não seja mais aquele
Que porquanto achava que podia dar-se ao mundo
E aos trancos e barrancos foi ao mais profundo
Dos prazeres, que se sabia tudo à flor da pele
E na superfície do conhecimento, deu-se a tudo
Quanto fosse excesso, e depois, de avesso
A este mesmo mundo, entregou-se ao processo
Do acabrunhamento, e calou-se, para sempre mudo
Sim! É muito certo que meus sonhos das alturas
Despencaram ao chão, e de lá abaixo até o inferno
Que ainda ardem nas entranhas tantas amarguras
Sei! Que o mundo que faço ver a quem me quer tão bem
Nada tem daquele que pintei tão belo e terno
Mas eu digo, ó minha: qual você, não vivo sem
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quinta-feira, 4 de junho de 2009
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