Foto para a posteridade: a belíssima Elisa, o mestre e eu, em reunião para bolarmos a expo do Solda que vai rolar no Café Parangolé. Muito, muito agradável a acolhida em sua casa no Bacacheri. Maravilha. O clique é da queridíssima Vera Solda.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Do Mestre
Jamil Snege pra mim sempre foi um mestre. Eu não sou o único com a mesma opinião. Estive com ele umas poucas vezes, mas já era admirador de seus textos mesmo antes de conhecê-lo. Além de tudo, era um homem extremamente simples e muito gente boa. Esta crônica, bem a calhar, já é um clássico. Curtam:
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Como tornar-se Invisível em Curitiba
Jamil Snege
Você pode começar treinando numa dessas manhãs de muita neblina, à margem de um lago ou num bairro bem afastado do centro da cidade. Pode optar por uma rua deserta, no começo da noite ou numa véspera de feriado. Pode vestir um uniforme camuflado ou levar o seu “personal trainer” a tiracolo, pouco importa. Esteja você com a síndrome do pânico ou com o coração amargurado, existe um método muito mais eficiente para tornar-se invisível em Curitiba do que essas desambulações (sic) pelos ermos da cidade. Embora não esteja ao alcance de todos, convém conhecê-lo, já que é absolutamente infalível e seus resultados surpreendentes. Primeira condição: você precisa ter talento genuíno. Estudar bastante também ajuda, mas não substitui aquele toque de gênio inconfundível que marca e distingue certas pessoas desde o berço. Pois bem. De posse desse talento que Deus lhe deu – e contra a falta de estímulo da família, do meio e particularmente da própria cidade – você deve se atirar de corpo e alma na consecução de seu destino. Guiado unicamente pelo seu daimon, pelo seu anjo tutelar, você dará início à construção de sua lenda pessoal e dos projetos que dela advirão. Você estará, finalmente, a caminho de tornar-se invisível. Cada conquista, cada livro publicado, cada poema, escultura ou canção, cada tela, espetáculo, disco, filme ou fotografia, cada intervenção bem sucedida no esporte, no direito ou na medicina, cada vez que alguém, lá fora, reconhecer com isenção de ânimo que você está produzindo obra ou feito significativo – o seu grau de invisibilidade aumenta em Curitiba.
E é muito fácil perceber isso. Primeiro, não faltarão pessoas tentando dissuadi-lo de seu próprio talento. Tudo farão para reconduzi-lo de volta à mediania, ou melhor, à mediocracia, que é o sistema vigente nesse estrato a que denominamos cultura. Se você resistir, tentarão cooptá-lo com promessas de nomeações ou ofertas de emprego em atividades sucedâneas. Se você é um belo projeto de escritor, alguém tentará convencê-lo de que é melhor, mais lucrativo, ser um redator de propaganda. Se você é jovem e promissor cirurgião plástico, com projetos de especialização no exterior, não faltará quem o convide para sócio de uma dessas empresinhas de medicina privada lá onde o diabo perdeu as botas. Se mesmo assim você se mantiver fiel ao seu daimon, à sua lenda pessoal e não arredar pé de seu destino, a invisibilidade torna-se então um processo irreversível. Os amigos mais chegados são os primeiros a acusar falhas em seus sistemas de radar quando o objeto a ser captado é você ou algo que lhe diz respeito. Os convites tornam-se mais escassos, o telefone já não toca como antigamente; e mencionar seu nome ou seus feitos, nas reuniões para as quais você não foi convidado, passará (sic) a ser tomado como um gesto de imperdoável traição ao grupo. Desse momento em diante, só os inimigos falarão de você. Falarão mal, obviamente. E o mais curioso: à maioria desses “inimigos”, a noventa por cento deles, você jamais falou, jamais sequer foi apresentado. Os amigos a gente escolhe, os inimigos escolhem-se a si próprios. Esta talvez seja a parte mais cruel (ou mais irônica) da história. A sua visibilidade, enquanto pessoa, transfere-se para a imagem que os outros fazem de você. Pois é ela, a sua imagem, que circula e passa a freqüentar os lugares para os quais você já não é solicitado. Não é mais você em pessoa – carne, sistema nervoso, personalidade, alma –, que se oferece à percepção do outro, mas uma espécie de correlato simbólico impregnado de tudo o que os outros lhe atribuem. Para encurtar: vale a pena manter-se fiel ao seu daimon e cumprir com resignação cada etapa de sua lenda pessoal? Acho que sim. Curitiba está cheia de pessoas invisíveis.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Summer trip
Na espera de voltar logo pra casa, é incrível como as madrugadas passam demoradas. E aquele amor antigo se perdeu pelos bares da Augusta atrás de não-sei-o-quê, e ela não chega nunca. E nestas noites de verão a cerveja tem uma hora que não desce mais.
Na espera de sair logo de casa, é incrível como as madrugadas passam rápido. E eu tentando fugir daquele amor novíssimo pelos bares da Augusta atrás de não-sei-o-quê, e ela nunca vai embora. E nestas noites de verão a cerveja tem uma hora que é a única saída possível.
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Na espera de sair logo de casa, é incrível como as madrugadas passam rápido. E eu tentando fugir daquele amor novíssimo pelos bares da Augusta atrás de não-sei-o-quê, e ela nunca vai embora. E nestas noites de verão a cerveja tem uma hora que é a única saída possível.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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