terça-feira, 30 de junho de 2009

Tão putinha

Tão putinha, mas tão putinha
Que a praça parava de pombos
Não havia nada mais
Não ventava, não chovia,
Nem sorria

Uma tarde como tantas esquinas
Dobradas, cinzas, sem vida
Mas com aquela carinha...
Eu me desdobrava, eu me embranquecia
Eu vivia, como eu viveria
Enfrentaria o ar que na minha cara
Aquela hora ardia

Ela era tudo que eu queria pensar,
Estar e agradar, e correr atrás
Daria a vida de Jesus por Barrabás
Outro ladrão que se me apresentar

E cantar, e dizer, como digo agora,
Tudo que jamais
Diria, nem sob efeito daquela
Que se me alivia, me joga
Essa droga
Sobre a mesa, e outras que tais
Agora, por favor,
Que eu já disse tudo que você queria

Não judia... não judia...
Eu fiz tudo que podia
Quer ou não quer ser a minha
Sem-vergonhinha?

Dá uma ajudinha
Faz o que quiser
Mas este filho da puta
É também de santa Maria
Então, por favor, não judia...

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Hoje


Hoje no Wonka, Easy Players. Banda de "love music" dos amigos Cassiano, Coelio, Cris e Norberto. Quem já tá de férias da faculdade, ou de vadiagem mesmo, corre pra lá!
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Rubens K fotógrafo


E tem facetas que se revelam. Meu amigo Rubens K andou clicando São Paulo e "revelou", com o perdão do trocadilho, mais um talento dele, que escreve muito bem e toca mais ainda. Confiram mais no blogue do sujeito, aqui.
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“Não me apareçam gordos e de salto alto ano que vem!”

Foto: Uol

Deu Brasil. De virada. Jogão de bola e com a dificuldade que se previa. A seleção dos EUA não é mole, mesmo. Torço pra que eles (os EUA) vão à copa e façam bonito como fizeram agora. Tudo pelo novo neste velho esporte.

Já o Brasil, tá tudo certo. Ganhou, jogou bonito, com raça e aplicação. Dunga deu padrão ao time e pelo jeito faz o gênero Felipão, sem dar moleza pra vagabundo se folgar com a amarelinha.

Quanto à festa dos meninos, bacana, apesar de sempre aquela coisa chata depois do jogo, de “i belong to jesus”, etc. Que malas. Vai expor tua fé lá onde tu reza ô, babaca. Ninguém quer saber do deus que você acredita ou o tamanho da tua crença. Ou você acha que deus vê tevê? Joga tua bola e não enche o saco.

E a frase acima, que dá título a este post foi proferida por Tino Marcos, da Globo. Falou e disse, Tino! (eu sou do tempo do “falou e disse”).

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domingo, 28 de junho de 2009

Aniversário do Ivan Santos - Abranches


Flávio Jacobsen, Ivan Santos, Carlos Alberto Lins,
Adriane Perin e Lícia Beletti.
Todos olhando para Igor Ribeiro, escondido.
Foto de Kathia Unger.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Bye, little boy


She Was More Like A Beauty Queen From A Movie Scene
I Said Don't Mind, But What Do You Mean I Am
The OneWho Will Dance On The Floor
In The Round She Said I Am The One Who Will Dance On The Floor
In The Round She Told Me Her Name Was Billie Jean,
As She Caused A SceneThen Every Head Turned With Eyes
That Dreamed Of Being The One
Who Will Dance On The Floor
In The Round Mama Always Told Me Be Careful Of What You Do
And Don't Go Around Breaking Young Girls' HeartsAnd Mother Always Told Me Be Careful
Of Who You Love
And Be Careful Of What You Do 'Cause The Lie Becomes The Truth
Billie Jean Is Not My Lover
She's Just A Girl Who Claims That I Am The One
But The Kid Is Not My Son ...
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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Deu Brasil!

fonte: uol

1x0 num pau brabo. Agora é ver como nosso escrete se sai domingo. Brasil x EUA. Quebradêra.
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Deu América!

foto: uol

Alguns cronistas bem que avisaram. Eu mesmo faz algum tempo vejo meio que estampado na cara. Sim, a poderosa Espanha, perdeu para os Estados Unidos! 2 x 0 inquestionável.

Sempre simpatizei com a seleção dos EUA, desde que ouço de infância a história da heróica e ainda mais improvável vitória em um jogo da copa de 1950, aqui mesmo no Brasil, quando eliminou a poderosa Inglaterra. Uma seleção de abnegados, formada por descendentes de europeus num país que até hoje não tem o futebol bretão como esporte reconhecido pela massa. No futebol, os Estados Unidos da América, todo poderoso, são o "outro". São o terceiro mundo.

Depois, quando estes mesmos sediaram a copa de 1994, ano do nosso tetra, gostava de ver jogar aquele time, que tinha um zagueirão grunge e era ao lado do Brasil o escrete mais mestiço. Bacana.

Fizeram bonito em 2002 e só não tiraram a Alemanha porque o goleirão Oliver Kahn fez milagres. Deu Brasil de novo naquela copa.

Ontem, mais uma vez o improvável. Sou dos raros que gostam sim de chamar os EUA de América. Sei lá. Sei que é errado, mas eu gosto.

Se Dunga e seus comandados passarem pela África do Sul, daqui a pouco, devem ganhar dos EUA domingo, mas, barbas de molho é sempre bom. Por sinal, queria aquele negão centroavante no meu time. Já!

Sim, senhores! O mundo está perdido. Os EUA tem futebol! E do bom! Salve a América.

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Clausura

Um roteiro dos tempos do curso de cinema

Interior noite. Ao som de um despertador, Danilo acorda assustado. Dá conta da realidade. Sorri aliviado. Acende um cigarro, mirando o teto. Põe-se a refletir brevemente.

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Exterior dia. A cena vai para uma panorâmica do aeroporto Afonso Pena, nos arredores de Curitiba. Em aproximação, vão surgindo detalhes minuciosos de uma mulher, bastante composta, que desembarca vinda do exterior. Desce as escadas da aeronave, olha ao redor, vai em busca de suas bagagens. Toma um táxi, que a leva para casa.

Panorâmica da Avenida das Torres, skyline do centro da cidade, que se apresenta imponente, dando um tom bastante urbano a toda fotografia.

Teresa é deixada em uma rica casa no Jardim Social. Recolhe suas malas e vai à porta da mansão. É recebida por Maria. A morena (muito sensual) olha para a patroa de forma lasciva, dando pouco a entender. Cumprimentos rápidos, Maria leva a bagagem enquanto Teresa vai ao lavabo. Um longo travelling segue-se então, ao som de uma trilha sonora tensa e inebriante, revelando detalhes da portentosa casa, e da vida de seus habitantes. Uma ampulheta chama atenção. A câmera passeia por troféus de caça e golfe, tabuleiros de xadrez e gamão, esculturas, uma pintura a óleo de Danilo e Teresa, da época de recém-casados, fotos das crianças, o fogo da lareira, o piano, até Teresa saindo do lavabo. A câmera a persegue pelas escadas rumo ao quarto do casal.

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Interior dia. Ao entrar, Teresa depara-se com uma cena surpreendente. Danilo está em uma jaula, uma espécie de gaiola, defronte à cama de casal, emendada ao banheiro da suíte. Danilo está barbudo, com um pijama velho, em estado bastante precário. Dentro da cela, Danilo tem uma mesa, uma cadeira, um colchonete e uma máquina de escrever.

Teresa não acredita. Revolta-se. Ele, mudo. Ela vai ao seu encontro agressiva, perguntando o que diabos significava tudo aquilo.

Segue-se um diálogo bastante pesado, encoberto pela trilha sonora. Arrependimento, culpa, crises conjugais, amantes, filhos no exterior, detalhes de um longo casamento de vinte anos. Mágoa. Muita mágoa.

Teresa, em um rompante de fúria, atira um relógio despertador na parede. A câmera capta tudo, em detalhes fractais. Despertador quebrado ao chão. Sempre o tempo corroendo a vida de toda gente.

Segue um silêncio. Olhares. Danilo mantém-se irônico, tentando explicar que sua vida acabou, que seu casamento é uma prisão. Que prefere viver recluso, qual se encontra, a continuar com tudo aquilo. Teresa dá de costas, pensativa, acendendo um cigarro de filtro branco longo peculiar a mulheres quarentonas. Close em seu semblante. Teresa é uma dessas mulheres irascíveis, coléricas. Ela é bonita e nervosa. Muito bonita. Muito nervosa. Danilo é desses caras bonachões, boêmios. Engraçado, mas melancólico. Teresa é David Lynch. Danilo é Billie Wilder.

De repente, o relógio rompe o silêncio, em alarme, girando quebrado no chão do quarto. Maria adentra o local (Maria é Rogério Sganzerla).

- Dona Teresa, seu tempo acabou. Retire-se por favor....

A frase da empregada ecoa: “seu tempo acabou, por favor, retire-se...”, assim por diante, repetidamente, ao som da mesma trilha sonora tensa.

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Interior noite. Corte para Danilo, repetindo a cena inicial, acordando, e depois sorrindo. Acende um cigarro, olhando para o teto. Agora, Danilo é Buñuel.

Sobem os créditos.

Fim.

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terça-feira, 23 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ame-as ou deixe-as

Vez em quando ainda encontro com uma arvorezinha dessas bem simpáticas. Mas já ressequidas, magras, velhas. Quando ainda dão seus frutos, são de um amarelo feito sorriso que não se quer dar.

As ameixeiras de hoje em dia se parecem com aquelas velhinhas, tão raras, tricotando nas varandas, deixando o tempo passar sereno. Quase não as vemos mais.

Quando cheguei por aqui, não havia casa de bairro que não tivesse em seu fundo um pé de ameixa, das amarelas. Ladeado a limoeiros espinhosos, de limão rosa – ou caipira, como dizem. Também alguns pés de pêssego ou jaboticaba.

Minha lembrança agora desta espécie de fruta, e as maravilhas da internet, me levaram a saber que se trata da nêspera. Este é o nome da nossa ameixa, e sua origem é chinesa. Nêspera. Seu maior produtor é o Japão, seguido por Israel e Brasil.

Lembrei. Tudo me veio à mente assistindo a Paradise Now, filme que conta a história de dois homens-bomba na Faixa de Gaza, em que notei na paisagem desértica da Palestina, a presença da ameixa amarela. Várias nespereiras, a cada cena. Pensei que, puxa vida, até no deserto tem ameixa, e aqui não mais.

Seus frutos amadurecem no final do inverno e início da primavera. Fazíamos a festa trepados nas suas árvores, entre um jogo de bulico e uma pelada contra a turma da rua de baixo, sujos em nossos kichutes. Encardidos como rezava a fama da nossa equipe.

Leminski deixou um haicai para a ameixa, de tantas que por certo via. “Ameixas / ame-as / ou deixe-as”. Uma bela tirada com o slogan dos militares que avisava “Brasil, ame-o ou deixe-o”, como um pequeno recado aos que estavam insatisfeitos com as agruras do regime.

Quem sabe a exportação de ameixa amarela nunca foi um forte na economia aqui da cidade, por sermos além de grandes produtores, também os seus maiores consumidores. Não me recordo de ver um pomar de ameixeiras. Era uma fruta de quintal, algo como um presente .

Vai lá foi um sábio oriental que largou a primeira semente, em tempo muito ido. Pode ter vindo curar algum polaco com tosse, dado que a Wikipédia me informa de novo que a fruta era usada como expectorante.

Sabiás de peito alaranjado ou amarelo, que lembro ver se alimentando nos pés de ameixa, devem ter espalhado as demais, daqui até os Campos Gerais.

Não sei por que elas sumiram. Imagino que pela urbanização desenfreada. Também não fui ao Google para tentar saber como realmente apareceram por aqui. Pra mim, elas surgiram no olhar, depois no paladar, e lá ficaram. Vezes que as vejo. Raro. Há uma ameixeira na praça do café atrás do Guaíra. Fincada no cimento, assiste a tudo estéril, sem frutos.

Se sábios ou sabiás, não sei. Amei-as sem perguntar. Deixei-as tal e qual.

Folha de Londrina (19/06/2009)


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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Novo livro do Reinaldão: Pornopopéia


Saiu novo livro de Reinaldo Moraes. Mais um clássico, sem dúvida, como o seu Tanto Faz da década de 80. Segue trecho, do primeiro parágrafo, que recebi por e-mail:

"Vai, senta o rabo sujo nessa porra de cadeira giratória emperrada e trabalha, trabalha, fiadaputa. Taí o computinha zumbindo na sua frente. Vai, mano, põe na tua cabeça ferrada duma vez por todas: roteiro de vídeo institucional. Não é cinema, não é epopéia, não é arte. É — repita comigo — vídeo institucional. Pra ganhar o pão, babaca. E o pó. E a breja. E a brenfa. É cine-sabujice empresarial mesmo, e tá acabado. Cê tá careca de fazer essas merdas. Então, faz, e não enche o saco. Porra, tu roda até pornô de quinta pro Silas, aquele escroto do caralho, vai ter agora “bloqueio criativo” por causa dum institucionalzinho de merda? Faça-me o favor.
Ok, chega de papo. É só dirigir a porra da tua mente pra nova linha de embutidos de frango da Granja Itaquerambu. Podia ser qualquer outro tema, os cristais de Maurício de Nassau, a cavalgada das Valquírias, a vingança dos baobás contra o Pequeno Príncipe. Que diferença faz? Pensa que são os embutidos de frango do Nassau, a cavalgada das mortadelas, a vingança dos salsichões contra o Pequeno Salame. Pensa no target do vídeo: seres humanos a quem coube o karma nesta encarnação de vender no atacado os produtos da Itaquerambu. Pensa no evento em que o teu vídeo vai passar — vários eventos, aliás, todos no mesmo dia em todas as filiais do Brasil. Os seres humanos vendedores de embutidos verão teu vídeo e serão apresentados ao salsichão, ao salame e até à mortadela de frango, heresias saudáveis em matéria de junkyfood que a Itaquerambu vai lançar no mercado. Mesmo a tradicional salsicha e a insuperável lingüiça de frango vão ser relançadas com outra formulação, segundo eles dizem. Quer dizer, em vez do jornal reciclado de praxe, os putos vão adicionar algum tipo de pasta de lixo orgânico pasteurizado na mistura, imagino, mais uma contribuição da Itaquerambu para um planeta sustentável.
Porra, mas eu sou cineasta, caralho. Artista. Não nasci pra rodar vídeo institucional. E de embutidos de frango, inda por cima, caceta!
Calma, calma. Pensa que o teu vídeo será visto “de Passo Fundo a Quixeramobim, do Rio de Janeiro a Corumbá”, como disse o Zuba, ao sentir minha reação pouco eufórica diante do tema. “E capricha na linguagem brasileira universal, tá?”, foi o que ele me pediu, como se linguagem brasileira universal fosse uma das opções do Final Draft ou do Magic Screen Writer. Você clica em LBU e seu texto será entendido nos pampas, serrados, praias, selvas, semi-áridos e caatingas do país, sem contar os aglomerados urbanos e seus múltiplos guetos. Teu único filme de cinema até agora, por exemplo, nunca passou em tantos lugares ao mesmo tempo. Na caatinga, por exemplo, nunca foi visto. Não que se saiba.
Volto a perguntar: qual a diferença entre arte e embutidos de frango? Ou melhor: por que embutidos de frango não podem se transformar em arte?
Mas não precisa pensar nisso agora, nem em merda nenhuma que não seja frango embutido. Faz logo essa porra, porra. É bico: oito minutos de duração, um curta-metragem. Não vai matar o artista que há em você, amice. Ou havia. Ou nunca houve nem haverá. Foda-se.
É isso aí: vídeo institucional, embutidos de frango, Granja Itaquerambu. Beleza.
O que fode é o prazo. Sempre a porra do prazo. Tá ligado que esse roteiro tem que estar escrito, aprovado, rodado, entregue em mídia DVCAM, e exibido pros vendedores até 15 dias antes do lançamento da campanha na mídia? Ou seja, daqui a nove dias. Você devia ter chamado um bosta dum roteirista qualquer pra te ajudar, desses que filam cigarro e cerveja de mesa em mesa na Merça e não perdem chance de puxar uma lousa e dar aula sobre Hal Hartley e a narrativa cinematográfica interior aos substratos descontínuos da consciência dos personagens pra alguma gostosinha basbaque de peitinhos soltos dentro de uma camiseta de pano fino. Conheço vários roteiristas desse naipe. Dúzias deles, na verdade. Tudo uma corja de bebum cafungueiro desempregado du caraio. Por uma peteca de pó e duas Original você contrata na hora um deles. Se calhar, o infeliz ainda leva teu carro no mecânico pra trocar a fricção e te faz o obséquio de encarar uma fila de banco pra pagar tuas contas atrasadas.
Bullshit. Não preciso, nunca precisei de roteirista nenhum. Merda por merda, deixa que eu mesmo chuto. Só que dessa vez travei geral. E o cara da Itaquerambu tá no pé do Zuba, que tá no meu pé, que tô em pé de guerra com os embutidos de frango. Ridículo, isso. Fala sério: nem uma réles ideiazinha pro vídeo pintou ainda na tua cabeça, meu filho. Nem a porra duma idéia de merda.
Pois é, nem a idéia.
Tá foda.
Embutidos de frango. Foda."


Reinaldo Moraes é escritor.

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Nani

Sarney escreve sua biografia http://www.nanihumor.blogspot.com/
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Da Internet

11 expressões usadas pelas mulheres, e seus significados

1- “Certo”:
Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.

2- “5 minutos”:
Se ela está se arrumando significa meia hora. ”5 minutos” só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.

3- “Nada”:
Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em “Nada” normalmente terminam em “Certo”.

4- “Você que sabe”:
É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer… e não diga que também não sabe!

5- “Suspiro ALTO”:
Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parado ali discutindo com você sobre “Nada”.

6- “Tudo bem”:
Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. “Tudo bem” significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.

7- “Obrigada”:
Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga “por nada” (Uma colocação pessoal: é verdade), a menos que ela diga “MUITO obrigada” – isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÂO diga “por nada”. Isso (apenas provocará o “Esquece”).

8- “Esquece”:
É uma mulher dizendo “FODA-SE.

9- “Deixa pra lá, EU resolvo”:
Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando “o que aconteceu?
Para a resposta da mulher, consulte o item 3.

10- “Precisamos conversar!”:
Fodeu! Você está a 30 segundos de levar um pé na bunda.

11- “Sabe, eu estive pensando…”:
Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse…

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Curitiba é um copo vazio

Bárbara Kirchner

Cai a noite em dezembro e Curitiba é uma redoma, um copo vazio emborcado. Céu vermelho às 8 horas do horário de verão e clima aprazível. O céu de um azul turvo na abóboda enquanto ouço cigarras e pianos. Bateu agora uma brisa fresca, logo depois da condução. Na retina um filme leve matinal. Ébria de risadas e humanidades. Pertencer a este lugar é tal como ser pinheiro. Pregar-se ao solo num mergulho profundo e sem curvas, sempre reto, buscando o centro. Centros de homens que nasceram assimétricos. Ser pinheiro neste copo é estar fadado ao fim pela impossibilidade do crescimento destas árvores em outros solos Perde-se o curitibano. Passa a apátrida porque não se reconhece mais ao caminhar pelos saudosos paralelepípedos quando as suas raízes obrigam-se à direção de outros solos que não o centro do seu.

Curitiba é um copo vazio cheio de frio.

Feito de vento expirado das almas como as do Municipal enterradas.

Amalgamado cinza entristecedor esmaecido nos viventes neste sítio jazentes.

É a beleza de ser introspecto, passivamente sofrido e irritantemente orgulhoso dos dias de geada ou das estações misturadas inteiras em um único dia. É saber-se livre apenas quando em terras alheias, marcando o curitibanear, aquele leminskiado; restando, todavia, escondido, como o Dalton, quando entre os convivas locais. Pisar aqui a cada retorno implica um borbulhar de infinita e sádica melancolia. Um deprimir pré-sentido. É encontrar todos perdidos. É saber-se preso e com um sorriso masoquista, dormir feliz.

Bárbara Kirchner é advogada, cantora e compositora. Este mini-conto saiu no livro "Curitiba - Melhores Defeitos. Piores Qualidades", de Dante Mendonça.

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Frase:

"DUNGA ESTÁ ZANGADO!"

(Agência O Estado)
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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Finalmente uma vitória

Waldemar Lemos e Paulo Baier estrearam com o pé direito no Recife, contra um dos melhores times do Brasil no momento. O Atlético dominou o jogo, tomou algum sufoco esperado, e o mais importante: venceu.

Agora tem 4 jogos de tirar o fôlego, contra Palmeiras e Corinthians, em casa. Depois Grêmio e Inter, o primeiro fora, o segundo na Baixada. Vamos ver. É na hora que a porca torce o rabo que a gente vê se tem time ou não. O Quebradêra segue na torcida.

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

O guerreiro foi descansar

Márcio, o Mister X, ao centro, com os Maremotos

Um dia expliquei a ele o significado do seu nome. Márcio. Ele ouviu impressionado que se tratava de uma alusão ao deus Marte, deus da guerra, daí o termo artes “marciais”. Márcio significa algo como “guerreiro”.

Acho que nunca um nome se aplicou tão bem ao seu portador. Márcio Roberto dos Santos, meu amigo-irmão, era por natureza um guerreiro. Nascido na turbulência de 1968, partiu nesta manhã de 2009.

Lembro que nos conhecemos nos tempos do Colégio Estadual, lá por 1984, onde eu estudava, e onde ele ia com seus amigos punks se divertir, em bebedeiras homéricas sentados no muro da CEU, em frente ao estabelecimento. Ali formavam também Rubens K, Marcos Rebello (o Careca), Celso Amorim, Cleon Jacques, Daio Baroni, o Zé Marcos, o Marcelo Serafa, Luciano Madá, Sidnei Giovanni, Jean Mar e muitos outros amigos e irmãos que a vida me deu.

Dali nasceu uma amizade que perduraria até hoje e que envolveria gerações de artistas locais e até mesmo nossas famílias. Minha mãe gosta muito dele, assim como a mãe dele de mim. Fomos unha e carne pela vida boêmia da cidade até meados dos anos de 1990.

Foi com ele que conhecemos a Adri, que viria a ser mãe da minha sobrinha Yasmin, hoje com 15 anos, filha do meu irmão Marco. A “culpa” então pela magnífica existência da minha querida sobrinha foi nossa né, Marcião?

Diversas viagens, festas, trabalhos, sons e muita diversão juntos. Divergências estéticas que sempre tivemos nos impediram que seguíssemos um mesmo trabalho musical juntos. Mas temos algumas parcerias e sempre que podíamos batíamos uma viola e mostrávamos os trabalhos um ao outro. Foram natais, anos novos, carnavais, páscoas e feriados profundos.

Ele foi um dos caras mais importantes para a música da cidade. Lembro bem de quando o Márcio trabalhava num setor público, na fotocopiadora, e resolvemos que íamos usar a máquina de xerox em prol do rock curitibano, fazendo trabalhos gráficos diversos. O nome dele não podia aparecer, óbvio, daí ele o Coelho e eu, em uma noite de bebedeira no Sheena, inventamos o MR. X (codinome cujas iniciais significam “Márcio Roberto Xerox”). Desde então, o Márcio passou a ser conhecido como Mister X. Não houve banda nos ano 90 que não teve um cartaz ao menos, com aquela assinatura. Era uma guerrilha cultural que ajudou muito toda a cena. Poetas como Fernando Koproski e Nivaldo Lopes, o Palito, tiveram seus primeiros livros impressos pela MR. X Editora. Inclusive eu.

Não sei o que falar, pois o Márcio era realmente meu irmão. Ele montou o Maremotos, onde foi tocar com Marcus Gusso, o Coelho (outro irmão) e outros.

Sempre foi um guerreiro, um verdadeiro batalhador. Seu espírito empreendedor o levou a montar o Chinasky bar. Desde então começou a sua luta contra um câncer que viria a levá-lo esta manhã de dia dos namorados, dia 12 de junho, aos 41 anos.

Dessa vez a vida me aprontou. Sem chance. Fica em paz, amigo, irmão de todas as horas. Estaremos sempre aqui com você e hoje a noite não vai ter fim, no que depender da gente. Descansa, guerreiro. Tua luta enfim teve um fim. Você merece este descanso mais que qualquer um que conheci jamais na minha vida.

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Aqui, uma parceria nossa. Ele escreveu a primeira parte da letra, eu complementei e fiz a música. Acho que a letra diz muito do guerreiro:
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This is my way
eu trabalho, quase me arrebento
tento de tudo
ainda dizem que não tento

saem por aí,
cantam hinos de protesto
não me conhecem,
dizem que não presto

enquanto isso,
escrevo uma cidade
fria como o gelo
não tenho mais idade

this is my way...

(Flávio Jacobsen - Márcio Roberto, 1990)

Amigo velho de guerra! Vai com Deus, Márcio Roberto!
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Valentine’s Day

Pegou-se em flagrante pelo espelho batendo uma punheta no banheiro do quarto. Ela na cama lá fora. Dormia um sono sem respiração.

As ondas faziam aquele barulho típico, de sete em sete, na orla que dava pra janela, aberta. A música algo latina. Longe, vinha da rua. Entremeava o ato com goles na taça de vinho chileno tinto, nos lábios roxos. O vinho pingava na camiseta estilo pólo lacoste, branca; e no training adidas, azul escuro. Dois panfletos de viagem descansavam no bidê.

Feriado de Corpus Christi e Dia dos Namorados em Maracaibo. Dois mil dólares o casal, em sete vezes sem juros, só com a Deusa Turismo.

Lembrou-se que, até seus dezoito anos, ele não sabia pra que servia um bidê. Também nunca perguntou.

Gozou durante o ruído mais longo da sétima onda, sob o olhar da sorridente mocinha na embalagem do creme dental.

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Moraci não vem mais

O homem da preparação física do Furacão não será mais Moraci Santana. Ele declinou do convite em virtude de proposta do exterior. Mas, melhor. Deve vir o campeão de 2001 Riva de Carli, tio do meu amigo-irmão Rui Suttil. Lembro que na época, ao contrário de agora, o time rendia impressionantemente nos dez minutos finais de partida, virando resultados incríveis e transformando-se num verdadeiro inferno para os adversários. Agora os vagaus vão correr. Vamos ver.

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O nome dele é Waldemar

Agora a nota abaixo se põe confirmada: http://furacao.com/.

Espero ser chamado de burro daqui a um mês.

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Novo técnico na Baixada

Ainda não é oficial, mas apareceu, ventila-se de fonte segura, o nome de Waldemar Lemos treinador, Ocimar Bolicenho diretor e Moraci Santana preparador físico. Não vou nem falar nada. Trocar Geninho por Waldemar, sei não. Tiro no pé. O cara, pra começar, tá deixando o Náutico na mão. Isso é trairagem. Daqui a um mês o Atlético estará procurando treinador de novo. Diria o cronista da Tribuna: "quem viver, verá". Torço pra minha fonte, pela primeira vez, estar completamente equivocada.

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

0 x 4 em casa!

"Amor?
Receios, desejos,
promessas de paraísos,
depois sonhos, depois risos,
depois beijos!

Depois...
E depois, amada?
Depois dores sem remédio,
depois pranto, depois tédio,
depois... nada!"
(Menotti del Picchia)

Pois é. O time não engrena. Jogou grandes partidas este ano (vá lá, umas três ou quatro). Foi campeão. Ganhou do Corinthians e foi roubado no primeiro e no segundo jogos, perdendo a vaga na Copa do Brasil. Empatou com o São Paulo no Morumbi com o juiz afanando um gol no final. Jogou muito mal todos os jogos em casa desde a estréia no Brasileirão. Depois, nada. Agora perde Geninho. As coisas vão mal lá pela Baixada. Lanterna da competição. Novo técnico deve ser anunciado até amanhã. Vamos ver no que vai dar. Não vai ser fácil. É mais fácil entender os garçons, as mulheres e o sentido da vida do que entender o Atlético.

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domingo, 7 de junho de 2009

Um domingo de 20 anos sem Paulo Leminski


Hoje faz 20 anos que ficamos sem um dos caras que mudou minha vida, e a de muitos por aí. Antena da raça. Um norte em forma de gente. Acabei de ler o livro acima - biografia do polaco escrita pelo Toninho - pela segunda vez. Recomendo. Quanto à morte, parece que foi ontem. Sem problemas, o Leminski tinha pinta de amanhã.


Gostei da crônica do Wilson Bueno hoje, relembrando o amigo poeta:


Pauleiras


Justo neste domingo quando as cronicações do escriba saem publicadas, o registro melancólico de uma data - os 20 anos da morte do poeta Paulo Leminski (1944-1989). Em depoimento recente à TV Sinal (canal 16 - Net e 99 - TVA), criada e dirigida com rara competência pelo meu amigo Davi Campos, colheram-me meia hora das memórias e desmemórias do velho "Pablo" de guerra. Não precisa dizer da emoção nem da saudade. Praticamente crescemos juntos.
Ainda ontem - ouviu, Soldinha? -, Lema desfilava pela Rua XV as suas ousadas calças vermelhas e seu casaco de general, cheio de anéis... Aos 21 anos era um homem lindo - cabelos pretos, os dentes um riscar de pérolas, o corpo de judoca sarado. E os olhos que, nele, brilhavam, já então, assim de um modo vivaz e um pouco diabólico.
Não bebia, não fumava, não jogava conversa fora. Um beneditino - literal e figurativamente - né mesmo, "compá" Toninho Vaz? Mas aí vieram o final dos 60s e toda a década de 70 onde o desbum era a lei e sem o qual jamais seríamos os mesmos. "Sex, drugs and rock'n'roll", nossa sina e fascínio. Calai, adictos da hora, vocês não sabem o que fazem. A droga hoje é suja e repetitiva, burra e rotineira. Cessai enquanto ainda vos resta uns fumos de santa malandragem.
Paulo Leminski vivia poesia noite e dia, acossadamente -sem intervalo, sem férias nem feriado. Lia, traduzia, criava - obsessão terminal, cheia de urgências. Uma vez lhe perguntei por que tanta fúria. Me respondeu, tolice!, que o seu tempo seria escasso sobre a Terra. Foi mesmo. Acertou. Doou-se às Letras como jamais vi em outra pessoa. Talvez João Antônio... Paixão, e um oscilante desespero.
Vinte anos! Passou, hein, Josely Vianna Baptista, minha sempre doce "hada"? Duas décadas, este domingo, 7 de junho, daquela quarta-feira exangue de 1989 quando, em vigília à porta da UTI do Hospital N. Sra. das Graças, você, saindo dela, na saleta contígua me abraçou sem palavra. Ficamos ali, eu, você, Margarida Gomes, nossa "doutora", abraçados os três num silêncio que não precisou sequer de lágrimas. Paulo Leminski não era mais.
Acabara de morrer da Vida que nunca deixara por menos: o máximo no mínimo! Só hoje, aos 60, verifico como morreu cedo, um garoto de 44 anos que amava os Beatles e os Rolling Stones. Nunca mais, pelos botecos sórdidos das madrugadas cachorras os nossos uivos no escuro; nunca mais pelos espaços da moda, o nosso desfilar desbocado, arrogante. Jovens, o mundo inteiro era só teu e meu, bicho.
De mais ninguém. Amanhã, de novo, uma saudade triste há de continuar me perseguindo assim como uma estrela que não muda de lugar mas leva o céu consigo. Paulo, Pablo, Paulo Leminski.

Wilson Bueno (7/6/2009) O Estado do Paraná.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O frio, este incompreendido

Há os que gostam. Acham bonito o visual das mulheres, mais elegantes, com casacos e cachecois. O charme dos cafés, restaurantes e bares, na companhia de amigos, amores, vinhos, sopas, caldos e bebidas quentes. As festas juninas, impagáveis em sua inocência longínqua, de fogueiras, quentões e o irremediável pinhão, fruta seca que traz no seu sabor uma certa tradução do modo de ser das pessoas do Brasil meridional.

Há os que detestam. Sonham com o ideal dos cartões postais de recantos tropicais, que vendem o país de sol a sol (?). Reconhecem-se no jeito irreverente das pessoas em trajes sumários, pelas praias, rios, botecos festivos de samba e cerveja. A estes, meros 15 graus já são motivo de queixas constantes.

O frio, este que apresenta já esta semana seu cartão de visitas. Inevitável aos que o detestam. Bem vindo aos que o veem como o necessário natural. O pouco frio que ainda faz significa que o planeta está longe de inundar-se pelas geleiras derretidas, invadido por mares furiosos, do aquecimento global.

Longe dos que creem no frio como nosso equivalente europeu, vejo no frio apenas o que ele mesmo representa: tempo frio. Sem visões poéticas, por favor. Frio é frio. E acabou.

Sou dos que gostam de dizer que já que estamos nessa, devemos nos comportar como as plantas e os bichos. Eles não reclamam, apenas vão pelo que manda a natureza. Prezo a já citada elegância, o conforto dos prazeres dionisíacos adequados às baixas temperaturas, de lugares fechados e aquecidos.

Assim como no calor, me dedico apraz a observar os umbigos de fora das meninas, em meus chinelos e bermudas rodando pelas calçadas, botecos ao ar livre, samba, cerveja, e aos prazeres dionisíacos. Sempre ele. Dionísio não escolhe estação.

Ademais, se você mora aqui pelos paralelos 30 ou 40, evidente que vai se deparar com o frio de qualquer jeito, ao menos alguns meses do ano. Então, invés de ficar enchendo a paciência, sua e dos outros, tente tirar o melhor desta estação tão própria do lugar onde você vive.

Certo que há lugares feito Curitiba, onde os homens nunca pensaram em calefação e a maioria das casas não conta com lareira. Tenho viva a lembrança ainda de banheiros construídos em varandas para o lado de fora da casa. Um inferno nas manhãs de zero grau, nos preparos para uma aula de natação às seis da manhã no Colégio Estadual, onde a piscina é ao ar livre, e pelo menos na minha época não contava com qualquer aquecimento. Reclamei? Não. Aprendi a nadar.

Na verdade, nunca confiei muito nas pessoas que não gostam e reclamam do frio. Tem gente que reclama de tudo, mesmo. Também não confio nos que exaltam o frio como patrimônio exclusivo, em detrimento do restante do país, dando crédito a ele pelo melhor desenvolvimento econômico do sul. Isso não passa de estupidez.

Na verdade, com o tempo (é este o assunto, não?), aprendi a não confiar em quase ninguém. Muito especialmente nas previsões feitas pelas moças bonitas frente a um cromaqui repleto de nuvens, na tevê. A mulher do tempo sempre me soa algo proustiano.

Mas com tanto charme, por que acreditar nelas? Leve o casaco, e pronto.

Folha de Londrina (05/06/2009)


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quinta-feira, 4 de junho de 2009

David Caradine é encontrado morto em Bangcoc

Foto: Phil McCarten/AP
Fonte: Uol
Eu acho que assisti a todo o seriado Kung Fu nos anos de 1970. Tipo de coisa que marcou a infância mesmo. Quando ele apareceu coisa de vinte anos depois pelas mãos de Tarantino em Kill Bill, tocando flauta e tudo o mais, igualzinho na série, quase morri de rir, e ninguém entendia. No livro O Bandido que Sabia Latim, biografia do Paulo Leminski por Toninho Vaz, há fragmentos de correspondência do Paulo com o irmão Pedro, em que ele descreve excitado alguns detalhes do seriado, à época. Maravilha. Vai com deus, Caradine. Aquilo era tudo muito bom. Tenho certeza que ele inspirou o Saboro Nosuco, do Thadeu.


"- Gafanhoto, quando você conseguir tirar esta pequena pedra da minha mão... "
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Pinta como eu pinto (2004)

É muito certo que eu não seja mais aquele
Que porquanto achava que podia dar-se ao mundo
E aos trancos e barrancos foi ao mais profundo
Dos prazeres, que se sabia tudo à flor da pele

E na superfície do conhecimento, deu-se a tudo
Quanto fosse excesso, e depois, de avesso
A este mesmo mundo, entregou-se ao processo
Do acabrunhamento, e calou-se, para sempre mudo

Sim! É muito certo que meus sonhos das alturas
Despencaram ao chão, e de lá abaixo até o inferno
Que ainda ardem nas entranhas tantas amarguras

Sei! Que o mundo que faço ver a quem me quer tão bem
Nada tem daquele que pintei tão belo e terno
Mas eu digo, ó minha: qual você, não vivo sem

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Marco


Folha de Londrina.